Efeitos crônicos de diferentes modelos de exercício físico sobre a temperatura corporal, parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo em animais submetidos ao lipopolissacarídeo.
Abstract
Objetivo: Comparar os efeitos crônicos protetores de diferentes modelos de exercício físico sobre a temperatura corporal, níveis séricos de citocinas inflamatórias e parâmetros cerebrais de estresse oxidativo em camundongos fêmeas C57BL/6 submetidos à indução de inflamação sistêmica por lipopolissacarídeo (LPS). Métodos: Os animais foram divididos em grupo controle (sedentário) (n=10), exercício intermitente de alta intensidade (HIIT) (n=10) e exercício contínuo de intensidade moderada (contínuo) (n=10). O treinamento durou 6 semanas e, setenta e duas horas após a última sessão, foi injetado nos animais uma dose de 250 μg/kg de LPS proveniente da bactéria Escherichia coli. Resultados: O grupo sedentário teve uma queda na temperatura corporal na primeira hora pós LPS, permanecendo baixo nas 12 horas seguintes [F(3,27)=11,15, p=<0,001], o que não aconteceu nos grupos exercícios. Ademais, o grupo HIIT teve valores superiores do conteúdo tiólico total no hipocampo do que o grupo contínuo [F(2,12)=4,52, p=0,03]. Porém, os modelos de exercício não exerceram efeitos protetores nos demais parâmetros oxidantes e antioxidantes analisados no córtex cerebral e hipocampo, bem como sobre os níveis séricos de IL-6 e TNF-α. Conclusão: Este foi o primeiro estudo comprovando que seis semanas de treinamento contínuo de intensidade moderada e treinamento intermitente de alta intensidade foram igualmente suficientes para prevenir a queda de temperatura advinda da administração de LPS em camundongos C57BL/6, significando que ambos são eficientes como forma de combater um dos sintomas mais característicos do LPS e, por consequência, de infecções por bactérias gram-negativas. Adicionalmente, o HIIT foi suficiente para aumentar o conteúdo tiólico total do hipocampo.
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