Síntese sobre a inter-relação entre "gratia et liberum arbitrium voluntatis" em Agostinho de Hipona: período antipelagiano.
Abstract
O presente estudo tem por objetivo analisar o desenvolvimento do pensamento de
Agostinho de Hipona (354-430) sobre a inter-relação conceitual em torno da graça
divina e o livre-arbítrio da vontade. Por meio de três específicos escritos do período
antipelagiano, buscar-se-á destacar a perspectiva filosófica agostiniana sobre a
operação da graça com vistas à liberdade do arbítrio da vontade. Para alcançar o
objetivo desta investigação, será apresentada uma síntese sobre a história do pecado
original na tradição latina, seu delineamento conceitual e o impacto teórico desta
doutrina na filosofia moral agostiniana. Em uma segunda etapa, ocorrerá uma
aproximação com o tema da graça ao ser analisado os efeitos do pecado no arbítrio da
vontade. Nesse aspecto, serão analisados os problemas morais relacionados à
perversão da vontade. Em seguida, observando as linhas gerais da doutrina
agostiniana sobre a graça, serão elencados distintos aspectos da operação divina na
esfera volitiva do ser humano e como se desenvolve o processo da liberdade do
arbítrio da vontade. Agostinho acredita que se a eficaz ação da graça encontrar a plena
disposição da vontade resultará na verdadeira liberdade do ser humano. Logo, a suma
desse trabalho apontará as razões que justificam a defesa agostiniana de que o agente
moral somente poderá desfrutar do privilégio da liberdade, se a sua vontade operar em
cooperação com o auxílio da graça.
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