Do nomadismo ao sedentarismo: transformações da identidade e da cultura Romani na região de Rio Grande e Pelotas.
Resumo
A presente pesquisa buscou cooperar para as ciências sociais, no sentido de entender
a ressignificação da identidade e da cultura a partir dos processos de transição do
nomadismo para o sedentarismo. Considerando a relevância social da temática, tendo
em vista que versa sobre grupos historicamente fragilizados, com enfrentamento de
políticas anticiganas, perseguições e anticiganismo. Assim, o objetivo geral gira em
torno das transformações da cultura e da identidade Romani, com o processo de
sedentarização e a partir de contextos urbanos específicos (Rio Grande e Pelotas).
Quanto aos objetivos específicos, propõe-se a análise da identidade a partir dos novos
significados que os sujeitos vão construindo nessas realidades e sociabilidades que
passam a partilhar; observando como os sujeitos vão criando e recriando sua teia de
representações e significados culturais; não apenas nos espaços urbanos sinalizados,
mas ainda em espaços virtuais que surgem na pesquisa como campo privilegiado no
qual os sujeitos vão se ressignificando ou reafirmando suas práticas, culturas e
identitárias. Do ponto de vista teórico, para tratar das questões do processo de
sedentarização com apoio em Deleuze e Mafessoli e Said, para entender a construção
e as transformações da identidade e da cultura, utilizou-se da teoria pós-colonial de
Hall, Gilroy e Bhabha, assim como o viés antropológico de Geertz, Wagner e Oliveira;
pensando o Ciberespaço por Lévy e o entrecruzamento da história, memória e
identidade principalmente através de Candau e Halbwachs. Utilizando de metodologia
qualitativa, os procedimentos metodológicos utilizados na investigação são a
etnografia, entrevistas narrativas, netnografia e em menor escala dados quantitativos
(governamentais e não-governamentais).
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