Pesquisadores da odontologia estão nas redes sociais? Análise da comunicação científica antes e durante a pandemia

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Data
2021-02-24Autor
Cardoso, Gabriela Cardoso de
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O objetivo deste estudo observacional foi investigar a participação de renomados pesquisadores da área de odontologia do Brasil em serviços de redes sociais e avaliar os tipos de conteúdo que esses pesquisadores postam online. A busca por bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq em Odontologia foi realizada no site do CNPq. A busca pela presença dos pesquisadores também foi realizada no Facebook, Instagram e Twitter. Após a identificação dos perfis / páginas, o conteúdo das
postagens foi realizado considerando dois períodos distintos: 30 dias antes e 30 dias após 20 de março de 2020, que corresponde aos dados do decreto de calamidade no Brasil devido à pandemia COVID-19. Foi identificado um total de 213 pesquisadores: 62% homens e 38% mulheres, a média de anos após o doutorado foi de 20 anos, 56,3% tinham bolsa PQ-2, 91,5% dos bolsistas eram filiados a instituições públicas e 76,1% eram da região sudeste do Brasil. Dos 213 pesquisadores, foram encontrados 122 perfis no Facebook (57,2%), 115 no Instagram (53,9%) e 30 no Twitter (14%). No
entanto, apenas 34 (15,9%) eram perfis públicos ativos no Facebook, 30 (14%) no Instagram e 11 (5,1%) no Twitter. Dentre esses perfis públicos, o número de publicações com conteúdo considerado científico foi considerado alto, correspondendo a 2/3 do total de publicações feitas pelos participantes nas três redes sociais avaliadas. No Facebook, observou-se que a média de publicações no 1º
período foi menor que no 2º período e que a maioria dos pesquisadores com perfil público ativo (64,7%) publicou sobre ciências nos dois períodos. No Instagram, o número de postagens foi semelhante no 1º e 2º períodos. Além disso, 90% dos pesquisadores com perfil público ativo postaram conteúdos sobre ciências nos dois períodos. No Twitter, observou-se que o número de publicações aumentou consideravelmente durante a pandemia: em média 7 no 1º período e 26 no 2º período.
Além disso, não foi possível observar diferenças claras nas postagens antes e durante a pandemia. O presente estudo sugere que pesquisadores renomados em odontologia no Brasil utilizam os serviços de redes sociais com frequência e publicaram conteúdo científico de forma expressiva durante a pandemia.
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