Avaliação de Produção e Caracterização de Nanofibrilas de celulose
Resumo
O presente estudo tem por objetivo produzir nanofibrilas de celulose vegetal com polpa kraft marrom e branqueada por meio de um pré tratamento enzimático e posteriormente um mecânico, com o intuito de diminuição de gasto energético. Para isso, as amostras de polpas de celulose foram previamente desestruturadas através da saturação em água e desmembrada em um desfibrador mecânico, após foram armazenadas sob refrigeração a 5°C. Para o pré-tratamento enzimático utilizou-se a enzima comercial Cellic Ctec-2, em porcentagens que variou de 0,01 a 0,1% por meio de hidrólise controlada com pH neutro, temperatura ambiente durante uma hora, sendo que as amostras com quantidade de 0,01% sofreram uma hidrólise por diferentes periodos (1 e 2 horas). Após o tempo de hidrolise, a polpa foi passada em um moinho de discos, onde nesse havia um medidor de energia. As polpas sofreram passagens em ciclos pelo moinho, até o ponto de se transformarem em um gel viscoso. Para estacionar a ação enzimática o conteúdo foi aquecido à 85°C. Os géis foram armazenadas em resfriamento de 5°C. O processo foi caracterizado pelo gasto energético medido a cada amostra com e com suas testemunhas, além de ser medido o rendimento de cada gel produzido. As amostras foram caracterizadas pelas suas propriedades reológicas, quanto as propriedades termoquímicas (TGA e DTG, FTIR), aspectos cristalinos (DRX) e morfológicos (MEV e MET). De acordo com os resultados foi observado que o processo combinado, apresentou-se viável para a produção de nanofibrilas, pois este, diminui o gasto energético do processo e com a menor carga enzimática utilizada (0,01%) observou-se a produção de nanofibrilas com menores dimensões. A polpa marrom mesmo sem ter passado por processos de deslignificação mostrou-se promissora na produção das nanofibrilas de celulose vegetal.
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