Show simple item record

dc.creatorSilva, Bianca Del Ponte da
dc.date.accessioned2023-04-24T22:04:11Z
dc.date.available2023-04-24T22:04:11Z
dc.date.issued2016-01-22
dc.identifier.citationSILVA, Bianca Del Ponte da. Consumo materno de cafeína durante a gestação, consumo de açúcar pela criança e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) aos seis anos de idade. Pelotas, 2016. 239 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia) - Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2016.pt_BR
dc.identifier.urihttp://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9294
dc.description.abstractAttention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a dysfunction characterized by persistent symptoms of inattention, impulsivity and hyperactivity. With a worldwide prevalence among school-aged children of nearly 6%, ADHD is the most prevalent mental disorder in childhood and the main cause for mental health care seeking during childhood and adolescence. ADHD is a disease with complex multifactorial aetiology and a strong herdability. Several epidemiological studies identified higher prevalence of ADHD among boys and in children from low socio-economic families. The role of maternal nutrition during pregnancy (folic acid, iron, omega-3, and caffeine intake) over the occurrence of ADHD at the offspring has been investigated. Similarly, the role of nutritional exposures in childhood over the development of ADHD has also been explored. Some of theses studies found that a higher iron, zinc and polyunsaturated fatty acids intake has a protective effect, whereas a higher consumption of food containing colorants and preservatives, as well as sugar, increase the risk of ADHD. However the findings are still inconsistent. Considering the scarcity of studies on the effect of maternal consumption of caffeine during pregnancy and the lack of consistency of finding that investigated the effect of sugar, this thesis was planned to assess the relationship between those characteristics and the development of ADHD at six years of age among children from the Pelotas 2004 Birth Cohort. The cohort participants were assessed at birth, at three months and at one, two, four, six, and ten years of age. At birth we obtained information about maternal caffeine consumption during pregnancy. At the six-year follow-up child food intake was assessed by means of Food Frequency Questionnaire that allowed estimate the sugar intake from sweet food sources. The presence of ADHD was assessed by the application of the Development and Well-Being Assessment instrument that was answered by the mothers. A total of 3585 children were included in the analyses of the effect of caffeine and 3240 in the analyses of the effect of sacarose. The general prevalence of ADHD was 2.6% (IC95%: 2.1-3.2). Among boys the prevalence was 3.4% (IC95%: 2.9-3.9) and among girls 1.8% (IC95%: 1.4-2.2). The prevalence of heavy caffeine consumption (≥ 300 mg/day) was 15.4% (IC95%: 11.0-19.8), 19.2% (IC95%: 13.5-24.9), 17.9% (IC95%: 12.6-23.2), and 16.4% (IC95%: 11.6-21.2), during the entire pregnancy and at the first, second and third trimester of pregnancy, respectively. Heavy maternal caffeine consumption during pregnancy was not associated with ADHD in crude or adjusted analysis. These results did not change after stratification for child sex. On the other hand, sugar intake by the child at the age of six years was associated with ADHD. The mean daily sugar intake among children with and without ADHD was 129.67 (73.72) and 108.49 (69.22) grams, respectively. Boys in the highest sugar intake percentile (121-525 g/day) had a chance 3.60 (95% CI: 1.72-7.52) fold higher of presenting ADHD than those at the lowest intake percentile (5-71 g/day). This result did not lose significance after controlling for confounders (OR: 2.67; 95% CI: 1.22-5.85). Among the girls there was no association, both in the crude (OR: 1.40; 95% CI: 0.60-3.27) and the adjusted analysis (OR: 1.11; 95% CI: 0.41-2.99). In summary this study showed that maternal caffeine consumption in pregnancy was not associate to ADHD whereas sugar intake by the boys at the age of six years was. These findings have a huge importance to the field of public health because it suggests that sugar may be a preventable factor for ADHD in childhood.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pelotaspt_BR
dc.rightsOpenAccesspt_BR
dc.subjectEpidemiologiapt_BR
dc.subjectTranstorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)pt_BR
dc.subjectTDAHpt_BR
dc.subjectEstudo de coortept_BR
dc.subjectEpidemiologypt_BR
dc.subjectAttention Deficit Hyperactivity Disorderpt_BR
dc.subjectADHDpt_BR
dc.subjectCohort studypt_BR
dc.titleConsumo materno de cafeína durante a gestação, consumo de açúcar pela criança e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) aos seis anos de idadept_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.advisor-co1Anselmi, Luciana
dc.description.resumoO Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por sintomas persistentes de desatenção, impulsividade e hiperatividade. É um transtorno neurobiológico que atinge cerca de 6% das crianças em idade escolar, sendo o mais prevalente transtorno mental na infância e a principal causa da procura por serviços de saúde mental para crianças e adolescentes. O TDAH é uma doença multifatorial, com etiologia complexa e forte herdabilidade. Fatores nutricionais, no período gestacional, têm sido investigados como determinantes de TDAH, como por exemplo, ingestão de ácido fólico, ferro, omega-3 e cafeína. Efeitos de exposições nutricionais na infância sobre TDAH também vêm sendo explorados. Os estudos apontam para um efeito protetor da maior ingestão de ferro, zinco e ácidos graxos poliinsaturados e, em contrapartida, um efeito adverso da maior ingestão de corantes, conservantes e açúcar. No entanto, os achados são inconsistentes. Tendo em vista a escassez de estudos sobre o consumo de cafeína na gestação e TDAH e da inconsistência dos achados acerca do efeito do açúcar sobre o TDAH, esta tese avaliou o efeito do consumo materno de cafeína durante a gestação e do consumo de açúcar pela criança sobre o desenvolvimento de TDAH aos seis anos de idade, entre as crianças pertencentes à Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. Os membros da Coorte foram avaliados ao nascimento, aos três meses e com um, dois, quatro, seis e dez anos de idade. Ao nascimento foram obtidas informações sobre o consumo materno de cafeína durante a gestação. Aos seis anos, o consumo alimentar da criança foi avaliado por meio de questionário de frequência alimentar, que possibilitou avaliar o aporte de sacarose presente nos alimentos. A presença de TDAH foi avaliada aos seis anos de idade, por meio do questionário Development and Well-Being Assessment, aplicado às mães. Um total de 3585 crianças foram incluídas nas análises sobre cafeína e 3240 nas análises sobre sacarose. Os resultados mostraram uma prevalência de TDAH de 2,6% (IC95%: 2,1-3,2), sendo 3,4% (IC95%: 2,9-3,9) entre os meninos e 1,8% (IC95%: 1,4- 2,2) entre as meninas. A prevalência de alto consumo de cafeína (≥ 300 mg/dia) foi de 15,4% (IC95%: 11,0-19,8), 19,2% (IC95%: 13,5-24,9), 17,9% (IC95%: 12,6-23,2) e 16,4% (IC95%: 11,6-21,2), durante toda a gestação e no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente. O consumo pesado de cafeína pela mãe, durante a gestação, não esteve associado ao TDAH na análise bruta ou ajustada, tanto para meninos quanto para meninas. Já o consumo de açúcar pela criança esteve associado ao TDAH entre meninos aos seis anos de idade. O consumo médio de sacarose entre crianças com e sem TDAH foi 129,67 (73,72) e 108,49 (69,22) g/dia, respectivamente. Na análise bruta, os meninos no maior tercil de consumo de sacarose por dia apresentaram uma chance 3,60 (IC95%: 1,72-7,52) vezes maior de ter TDAH, quando comparados aos do menor tercil tomados como referência. Após ajuste para confundidores, a associação permaneceu (RO: 2,67; IC95%: 1,22-5,85). Entre as meninas não se observou associação, tanto na análise bruta (RO:1,40; IC95%:0,60-3,27) quanto na ajustada (RO: 1,11; IC95%:0,41-2,99). Em síntese este estudo revelou que o consumo materno de cafeína na gestação não esteve associado ao TDAH. Por outro lado, o consumo de açúcar pela criança associou-se a uma maior prevalência de TDAH, entre os meninos, aos seis anos de idade. Tais achados têm grande importância em saúde pública uma vez que sugerem que o consumo de sacarose pode ser um fator prevenível de TDAH na infância.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologiapt_BR
dc.publisher.initialsUFPelpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.contributor.advisor1Santos, Iná da Silva dos


Files in this item

Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record