dc.description.abstract | A leptospirose é uma doença grave que, apesar de ser infecciosa e atingir tanto áreas urbanas quanto rurais, é constantemente negligenciada. A principal forma de contágio é através do contato com a urina de roedores infectados. A melhor forma de prevenção contra essa zoonose, é o investimento em
infraestrutura e saneamento básico de qualidade, porém em países em desenvolvimento, como o Brasil, esse tipo de medida acaba sendo de difícil implementação (DELLAGOSTIN, 2011; WHO, 2011; KARPAGAM, 2020). É sabido que as vacinas contra leptospirose previnem a doença. As vacinas
de bacterina, atualmente presentes no mercado, consistem em leptospiras inteiras inativadas (ADLER, 2015). Entretanto, existem limitações referentes a essas formulações, como o fato das mesmas não conferirem proteção cruzada contra os diferentes sorovares da bactéria (KOIZUMI, 2005). Até o presente momento, as soluções para superar essas limitações tem focado no desenvolvimento de
vacinas recombinantes baseadas em antígenos conservados em diferentes sorovares da bactéria (DELLAGOSTIN, 2011). Proteínas imunogênicas de Leptospira, preferencialmente expostas na
superfície da membrana externa, são ditos bons alvos vacinais (DELLAGOSTIN, 2011; GRASSMANN, 2017). Os receptores dependentes de TonB (TBDR) são uma classe de proteínas de membrana bem conservadas, que desempenham papéis vitais no metabolismo bacteriano. A partir de epítopos selecionados nesses receptores, foi confeccionada uma quimera denominada rTBDR, a qual já
foi descrita como um bom alvo vacinal contra Leptospira spp. (BETTIN, 2022). Vacinas recombinantes baseadas em bacterinas de Escherichia coli apresentam vantagens como baixo custo de produção, segurança e expressão de proteínas heterólogas em altos níveis (MOREIRA et al, 2020). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo produzir e caracterizar uma bacterina de E. coli recombinante expressando a quimera rTBDR, para posterior avaliação de seu potencial imunoprotetor contra leptospirose. | pt_BR |