Elementos-traço em Allium cepa L. e Lactuca sativa L.
Resumo
A poluição ambiental com elementos-traço (ETs) é um problema cada vez maior
da sociedade moderna, sendo a avaliação destes riscos ambientais de extrema
importância. O uso de sementes de plantas superiores é ideal para tais ensaios
porque são eficientes, rápidos e de fácil execução. Os objetivos deste trabalho
foram avaliar os efeitos tóxicos na germinação e citotóxicos nas células
meristemáticas das raízes de Allium cepa L. e de Lactuca sativa L. sob diferentes
concentrações dos elementos-traço cádmio (0,5; 1,0; 3,0; 5,0; 7,0 e 9,0mg.L-1),
arsênio (2,5; 5,0; 7,5; 10; 15; 20mg.L-1), chumbo (50, 100, 150, 200, 250 e
300mg.L-1), cromo (50, 100, 150, 200, 250 e 300mg.L-1) e mercúrio (0,25; 0,5; 1,0;
1,5; 2,0 e 2,5mg.L-1), após 168 e 48h de exposição, respectivamente. Observouse,
em alface, o número máximo e as classes de nucléolos por célula interfásica.
Os resultados mostraram efeito tóxico dos elementos-traço sobre a germinação
das sementes e no Índice Mitótico (IM), além da indução de aberrações
cromossômicas nas células meristemáticas de A. cepa. O grau de toxicidade e as
diferentes anomalias aumentam com o aumento da concentração do ET. Em L.
sativa ficou evidenciado que tanto a percentagem de germinação, como o IM
decresceram com o aumento da concentração dos ETs. A citotoxicidade causada
por esses ETs ficou demonstrada nas diferentes anomalias cromossômicas
causadas às células meristemáticas dessa espécie vegetal. A presença de cromo,
mesmo nas concentrações mais baixas utilizadas neste estudo, inviabilizou a
seqüência dos eventos do processo de germinação das sementes de alface. Em
relação ao número de nucléolos, os estudos demonstraram que, a alface possui,
no máximo, seis (6) nucléolos por célula interfásica, mesmo na presença dos
elementos-traço estudados.

