Produção de amora-preta, sistemas de condução, doses de torta de mamona e concentrações de cálcio e boro
Resumo
A amoreira-preta é uma espécie rústica e, apesar de ter sido introduzida no Brasil na década de 70, poucos trabalhos de manejo desta rosácea foram realizados. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a produção e qualidade de amoreiras-pretas, utilizando diferentes sistemas de condução, doses de torta de mamona como adubação e aplicações de cálcio em pré-colheita, visando a manutenção da fruta em pós-colheita. Os experimentos foram realizados na Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS e, as análises químicas, no Laboratório de Fisiologia da Pós-colheita da mesma, no período 2010 a 2012. No experimento 1, avaliou-se os sistemas de condução, o espaçamento utilizado foi de 0,50 x 3,0m, o delineamento experimental foi em blocos casualizados, em um fatorial 3x3: três sistemas de condução (sem tutor, espaldeira e Y ) e três cultivares de amoreira-preta (Tupy, Guarani e Xavante). A cultivar Tupy apresentou maior produção e massa média de fruta em todos os sistemas de condução. O sistema em Y possibilitou melhores resultados. No experimento 2, testou-se a aplicação de torta de mamona como adubação de base, utilizou-se a cultivar Tupy, com espaçamento de 0,70 x 3m. Os tratamentos foram: T1- testemunha; T2- 200; T3- 400; T4- 800; T5- 1.600 gramas de torta de mamona por planta. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso. As variáveis não foram influenciadas pelas doses de torta de mamona. No experimento 3, avaliou-se a aplicação de cálcio em pré-colheita, o delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Em 2010 o experimento teve quatro repetições de oito frutas por repetição, num esquema fatorial 2x5x2, duas adubações com e sem torta de mamona; cinco de aplicações de cálcio (0, 1, 2, 3 e 4 aplicações), e dois períodos de armazenamento em câmara fria (0 e 3 dias). Em 2011, utilizou-se três repetições de dez frutas por parcela, e duplicou-se o número de aplicações de cálcio (0, 2, 4 e 8), matendo-se a mesma concentração por aplicação, e três períodos de armazenamento (0, 3 e 8 dias), num esquema fatorial 2x4x3. Durante o armazenamento ocorreu redução dos sólidos solúveis totais das amoras-pretas. Com o armazenamento ocorreram perdas significativas de massa das amoras-pretas. O tratamento que recebeu maior número de aplicações de cálcio apresentou menor perda de massa das frutas. As aplicações de cálcio não influenciaram na firmeza da fruta.

