Possibilidades para o emprego do sistema de fachada ventilada opaca em edifícios comerciais nas oito zonas bioclimáticas do Brasil.

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Data
2016-04-12Autor
Krebs, Carlos Leodário Monteiro
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Em um cenário de estabilidade econômica, o Brasil experimentou, desde a virada do
milênio, um visível crescimento no setor da construção civil. Isto foi impulsionado
pela grande oferta de crédito público, permitindo a renovação nos estoques
imobiliários. Com um novo panorama político e financeiro surgindo no horizonte do
país, o cuidado com um melhor desempenho e maior eficiência no consumo de
energia em edificações poderão garantir um diferencial para os tomadores de
decisão em um mercado que volte a ter que competir por recursos e clientes. A ideia
de normalizar, tipificar e padronizar componentes, racionalizando meios e
processos, em paralelo ao ajuste legal e a proposição de novas normativas para o
setor, são bem vindas. Acredita-se que as existentes serão melhor exploradas e
consolidadas ao longo dos próximos anos. Este trabalho apresenta os resultados de
um estudo comparativo, com enfoque no desempenho térmico e energético, sobre a
inserção para prédios comerciais de uma tecnologia localmente inovadora: a parede
de dupla pele opaca, também conhecida por fachada ventilada opaca. Este sistema
oferece maior rapidez de execução e menor geração de resíduos, se comparado aos
sistemas de vedação externa tradicionalmente empregados na indústria da
construção. Neste cenário, a importância deste estudo justifica-se pela exploração
da viabilidade e correição no emprego de tecnologias ainda pouco exploradas em
nosso contexto. O objetivo principal deste trabalho é apresentar em que medida a
fachada ventilada opaca pode contribuir na redução do consumo de energia, na
menor dependência de climatização artificial e na ampliação do conforto dos
usuários em prédios comerciais do país. Considerando uma combinação de alta
densidade de ocupação e intenso uso de equipamentos, avalia-se seu desempenho
termoenergético a partir um modelo exploratório, adotado em todas as oito zonas
bioclimáticas brasileiras. O prédio-base com o sistema proposto é avaliado e
comparado a outro equivalente, com envoltório tradicional de blocos vazados de
concreto e argamassa de revestimento. Foram observados o desempenho térmico e
a eficiência energética dos modelos estudados, bem como os valores de
implementação baseados no potencial de energia economizada em períodos de dez,
trinta e cinquenta anos. Os resultados obtidos indicam que, apenas com uso de
ventilação natural, o sistema proposto obtém maior grau de conforto em três das oito zonas bioclimáticas. A partir da expectativa de consumo de energia anual
contabilizando-se a necessidade por climatização, o sistema proposto apresenta
melhor desempenho em quatro zonas bioclimáticas. A avaliação econômica
executada para estas quatro zonas com melhor desempenho apontaram que a
instalação do sistema proposto não será possível apenas com o valor da energia
economizada, embora possa refletir na otimização do sistema de climatização
instalado.
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