Fotografias de cidades invisíveis: um olhar poético e cartográfico sobre os fluxos no bairro Fragata em Pelotas, Rio Grande do Sul.
Resumo
Esta dissertação, denominada Fotografias de cidades invisíveis: um olhar poético e cartográfico sobre os fluxos no bairro Fragata em Pelotas, Rio Grande do Sul, foi realizada no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFPel, na linha de pesquisa Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano. A pesquisa poética é voltada para algumas inquietações vivenciadas na minha existência. O trabalho proposto parte de questionamentos em relação ao que afeta a nossa percepção na urbe. Vivemos na contemporaneidade com os excessos de trabalho, de informações e de imagens. Será que ainda temos tempo para olhar a cidade? E quando temos, estamos dispostos a contemplá-la? O capitalismo massifica a subjetividade dos indivíduos mostrando somente um caminho: o do consumo e de uma falsa felicidade, que acarreta no aceleramento do cotidiano. A metodologia empregada na pesquisa foi a cartografia por se tratar da minha subjetividade enquanto pesquisador, sendo o objeto de pesquisa o meu próprio território existencial. A partir do bairro Fragata, onde moro há mais de quarenta anos, começo a fotografar os fluxos dos transeuntes e encontrar pistas para desenvolver o trabalho. Uma delas foi o livro As cidades invisíveis, de Italo Calvino, que me fez olhar para o meu bairro de outra maneira e usar a imaginação para encontrar outras cidades dentro de Pelotas. No caminhar da pesquisa descobri três cidades, cada uma com sua particularidade, mas todas carregadas de histórias. Para materializá-las utilizo a fotografia como extensão do meu olhar para produzir vídeos e imagens.
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