Emergências da matéria: a escultura em trânsito e seus vestígios
Fecha
2020-11-12Autor
Paiva, Pedro de Freitas Pereira
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Esta pesquisa aborda a minha produção artística, cujas operações
estão embasadas no trânsito entre as linguagens da escultura e da gravura em
um campo expandido. A escultura que opero se desenvolve pela passagem da
matéria entrópica, alimentada pelos movimentos do tempo em uma situação
ambiental. Essa passagem da matéria por vezes produz vestígios, rastros
indiciais, os quais aciono em busca de uma retenção por meio do tensionamento
dos princípios operatórios da gravura. Desse modo, no presente estudo, busco
desenvolver relações entre a matéria e a memória a partir do conceito de
duração, desenvolvido pelo filósofo Henri Bergson, bem como através do conceito
termodinâmico de entropia por intermédio da produção do artista estadunidense
Robert Smithson. Ainda, desenvolvo essa investigação guiado pelos princípios
operatórios da indiferenciação, da ruína e seu ruído, bem como a contenção, de
modo que proponho aproximações também com o trabalho dos artistas Nuno
Ramos, em sua produção escultórica e literária; Brígida Baltar, em suas operações
de passagem da matéria; Daniel Senise, por intermédio de seus sudários e o
alemão Hans Haacke, em seus sistemas ambientais, dentre outros. Ainda, para
investigar a relação entre o rastro e seu evento, busco o auxílio do conceito de
sintoma, desenvolvido pelo historiador das imagens Georges Didi-Huberman,
bem como o conceito de informe, desenvolvido pelo escritor francês Georges
Bataille. Assim, esta pesquisa se desdobra no tensionamento da matéria em sua
situação dinâmica e crítica, cujo rastro produzido é testemunha de sua passagem.
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