A Leitura Literária no Curso de Pedagogia Noturno da UFPel: o que dizem as Estagiárias?
Resumo
Esta pesquisa de mestrado integra a linha de Pesquisa: Formação de Professores,
Ensino, Processos e Práticas Educativas, do Programa de Pós-Graduação em
Educação, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Tem como objetivo principal pesquisar e averiguar como se deu o processo de
formação das estagiárias do curso de licenciatura em Pedagogia noturno da UFPel,
no tocante à leitura literária. Além disso, este estudo tenciona investigar acerca da
concepção das estagiárias sobre leitura literária; como caracterizam o processo de
formação sobre a leitura literária, destacando possíveis evidências (positivas e
negativas) entre outros pontos. O trabalho assume princípios da pesquisa qualitativa
e teve como instrumento de coleta de dados a análise documental do Projeto
Pedagógico do Curso, um questionário semiestruturado e uma entrevista
semiestruturada. Os sujeitos participantes desta pesquisa foram dezenove
estagiárias concluintes do último semestre do curso noturno de Pedagogia da UFPel,
o nono semestre, no período de 2019/2. A abordagem dos dados foi a Análise de
Conteúdo, a partir do referencial apresentado por Moraes (1999). Os aportes
teóricos sustentam-se, principalmente, nos seguintes autores: García (1995), Nóvoa
(1995), Pimenta (2006), Lima (2009), Paulino (2010), Cosson (2007), Zilberman
(2009) e Machado (2001). Destacamos como “resultados” que as estagiárias do
curso de Pedagogia Noturno refletem sobre a sua formação em relação ao tema
“leitura literária”, mesmo que de forma sucinta. Percebe-se que as três estagiárias
entrevistadas utilizaram referenciais conceituais acerca da literatura literária que se
aproximam daqueles trazidos por alguns autores: Rosa (2013), Prado (2003), Riter
(2009), Zilberman (2009), apesar de, explicitamente, nenhuma ter citado diretamente
algum autor(a) para subsidiar seu conceito. Todas compreendem a relevância do
tema Leitura Literária para a formação docente e, principalmente, para suas futuras
atuações profissionais, mas ressaltam a carência de disciplinas obrigatórias e
optativas que aprofundem o tema no Curso. Apesar disso, treze (13) estagiárias
fizeram disciplinas obrigatórias e nove (09) fizeram disciplinas optativas que
abordaram, de alguma forma, o tema. A maioria das estagiárias, onze (11), sentemse
preparadas para trabalhar com a leitura literária em sala de aula. Dez (10)
estagiárias cursaram alguma atividade de ensino, pesquisa, extensão ou de outra
natureza durante a formação. Ao longo do texto, pautamos a necessária formação
para trabalhar com leitura literária, especialmente em um curso de pedagogia.
Temos como premissa de que o profissional que lida com esse tema deve ter uma
cultura leitora. Difícil seria auxiliar na construção dessa cultura leitora com os alunos
se o professor não considerasse a importância do ato de ler.
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