Efeitos de diferentes níveis de fitase e densidades energéticas em dietas de frangos de corte sobre o desempenho e composição da tíbia, na fase de 28 a 35 dias de idade
Resumo
A fitase é uma enzima capaz de eliminar as propriedades antinutricionais do fitato,
pela hidrólise e desdobramento do mioinositolfosfato e liberação do fósforo para ser
absorvido, melhorando o metabolismo dos nutrientes e reduzindo a excreção do
fósforo, nitrogênio e outros nutrientes no meio ambiente. No entanto, a fragilidade
operacional desta enzima em condições extremas de pH e temperatura são as
principais limitações do uso da fitase nas rações animais. Neste trabalho foram
alojados 576 frangos, machos, da linhagem Cobb500, em gaiolas metabólicas de
metal, onde o alimento e a água foram fornecidos à vontade. As dietas continham
níveis crescentes de energia metabolizável aparente corrigida para balanço de
nitrogênio - EMAn (2950, 3050, 3150 e 3250 kcal/kg) e diferentes níveis de fitase
(sem fitase, 500 e 1000 FTU/kg), distribuídas em blocos casualizados, com 12
tratamentos, 8 repetições de 6 aves cada. Para os dados de desempenho foram
avaliados: peso vivo, consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. Para
as características físicas e deposição mineral das tíbias, foram avaliados: força,
área, comprimento, matéria seca, cálcio, fósforo, magnésio, zinco e cinzas. A dieta
com inclusão de 500 FTU/kg de fitase e com nível energético de 3150 kcal/kg de
EMAn/kg apresentou os melhores resultados de desempenho no período estudado.
A suplementação de fitase em níveis de 500 e 1000 FTU/Kg influenciou
negativamente a deposição de cálcio, fósforo, matéria seca e cinzas, além das
variáveis força e área das tíbias. Não houve diferença nas variáveis de comprimento
do osso e nos níveis de magnésio e zinco presentes nas tíbias.