Conhecimento de mulheres sobre a imunização gestacional e infantil
Resumo
O estudo objetivou identificar o conhecimento das mulheres em relação às vacinas recebidas na gestação e no primeiro ano de vida da criança. Pesquisa qualitativa, descritiva realizada em uma Unidade Básica de Saúde do município de Sinop-MT. Participaram desta pesquisa 24 mulheres com filho menor de um ano de vida, que receberam pelo menos uma dose de vacina do calendário da gestante ou infantil respectivamente, preconizado pelo PNI/MS. Foram observadas as normas da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde, sendo a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal de Pelotas, com Parecer nº 1.892.576 e CAAE 63197416.9.0000.5317. Os dados foram coletados no período de janeiro à março de 2017, por meio de entrevista semiestruturada e observação simples e analisados de acordo com análise de conteúdo de Bardin. Os resultados evidenciaram três temáticas: O entendimento das mulheres quanto a vacinação; (Des) conhecimento sobre a relação entre a vacina e a doença que previne e as orientações recebidas ou não pelas mulheres sobre as vacinas. Em relação ao conhecimento das mulheres quanto a vacinação gestacional e infantil, evidencia-se que as mulheres reconhecem a importância das ações de vacinação e relacionam as vacinas a prevenção e proteção de doenças. Observa-se também, que há fragilidades e dúvidas, principalmente sobre os eventos adversos pós vacinais; as mulheres não conseguem relacionar a vacina recebida com as doenças preveníveis, que o processo de educação em saúde desenvolvido pelos profissionais de saúde se limita a orientações sobre o procedimento técnico da vacinação e cuidados pós vacinais. Por outro lado, identifica-se lacunas no protagonismo das mulheres na busca do conhecimento sobre vacinação, mesmo diante do acesso que as mulheres dispõem quanto as informações relacionadas ao processo de vacinação. Conclui-se que os profissionais de saúde, necessitam desenvolver habilidade crítico reflexiva sobre o processo de trabalho que envolve as ações de vacinação, bem como se certificarem acerca da compreensão das mulheres sobre as vacinas. Acredita-se que, a educação em saúde possa qualificar as atividades de vacinação e auxiliar no acolhimento e esclarecimento das dúvidas das mulheres em relação a vacinação gestacional e infantil, bem como contribuir para o empoderando das mulheres sobre a temática estudada.