A conservação-restauração e algumas estratégias para alcançar os três pilares da sustentabilidade

Abstract

Atualmente, o campo da conservação-restauração de bens culturais está sendo desafiado internacionalmente a contribuir no desenvolvimento da sustentabilidade, enquanto realiza a preservação do patrimônio cultural. O termo sustentabilidade ao longo do tempo se relaciona cada vez mais com o patrimônio natural e cultural. O encontro dessas realidades coincide com a convenção da Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, que abordou sobre a ecologia, mudanças climáticas, impacto da indústria e do crescimento urbano na sociedade e na natureza, em 1972. Após a década de 1980, a narrativa da sustentabilidade atrelada à dimensão econômica e social, gerou a definição mais aceita de sustentabilidade que reflete sobre os impactos do desiquilíbrio socioeconômico na natureza (FRONER, 2017, pp.212-213). Antes de apresentar as estratégias da conservação-restauração a partir dos três pilares: economia, social e ambiental, surge um questionamento inicial: qual o objetivo central da sustentabilidade? Conforme Cassar (2006, p.2) o objetivo central da sustentabilidade consiste em alcançar uma qualidade de vida para todas as pessoas do mundo, ao combinar o crescimento econômico das comunidades, sem destruir ou trazer prejuízos aos recursos necessários para assegurar as gerações futuras. Nesse sentido surge o seguinte questionamento: que estratégias o campo da conservação-restauração pode aplicar para estar em conformidade com o desenvolvimento sustentável na economia, na sociedade e no meio ambiente?