O processo de construção de um instrumento orientador do acolhimento nos Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e outras drogas 24 horas

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Data
2023-09-23Autor
Moreira, Martha Lettnin Haertel
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O acolhimento apresenta-se como organizador do processo de trabalho nos serviços
de saúde, visando o acesso, a melhoria na assistência ao usuário, incentivando e
fortalecendo o vínculo trabalhador/usuário. Esta pesquisa tem como objeto de estudo
o acolhimento dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial em álcool e outras
drogas 24 horas dos municípios de Pelotas e São Lourenço do Sul do estado do Rio
Grande do Sul. O objetivo desta pesquisa foi construir um instrumento orientador para
o acolhimento no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III, a partir
dos princípios organizativos que norteiam as boas práticas em Saúde Mental. Este
estudo se caracteriza por ser um estudo qualitativo participativo. O referencial teórico
utilizado foi o processo de trabalho em Marx. O trabalho de campo foi realizado entre
os meses de dezembro de 2022 a janeiro de 2024, a partir de reuniões com grupos
de especialistas, trabalhadores e usuários. A pesquisa foi realizada em dois Centros
de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III, com 14 trabalhadores de todas as
categorias profissionais que realizaram acolhimento nos serviços e 21 usuários que
participaram do acolhimento no período da coleta de dados. O projeto foi aprovado
pelo Comitê de Ética e Pesquisa. A partir dos dados coletados e da transcrição das
falas, a análise de dados se deu através da Análise de Conteúdo. Esta análise foi
estruturada em dois temas: 1-O Processo de Construção do instrumento orientador
do Acolhimento pelos trabalhadores e usuários. 2- Produzindo consensos entre
trabalhadores e usuários acerca do Processo de acolhimento no Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e outras Drogas III e a formulação do instrumento orientador do
Acolhimento. Esse estudo possibilitou a construção de um instrumento orientador de
acolhimento que foi construído a partir da fala e reflexão das pessoas que acessam e
trabalham no serviço, uma tecnologia leve. Mesmo sendo um documento, não é
burocrático. Ele foi construído de forma flexível, em cima dos Princípios das Boas
Práticas em Saúde Mental. Esse instrumento orientador vai contribuir para tornar o
atendimento mais humanizado e integral, a partir do momento em que houve a
participação das pessoas que utilizam o serviço poderá auxiliar a organização das
equipes.