O componente curricular química na educação profissional de nível médio em Institutos Federais no estado do Rio Grande do Sul: percepções sobre o ensino de química nesse contexto
Resumo
A Educação Profissional possui uma trajetória centenária no Brasil. Ao longo desse período, modificações estruturais e de nomenclatura aconteceram, porém o objetivo da Educação Profissional sempre foi formar profissionais técnicos. A Química possui o privilégio de contribuir para a formação profissional em diversos cursos que tenham essa ciência como formação técnica. Entretanto, os cursos que não estão ligados à área da Química possuem a disciplina de Química ou o que podemos aqui denominar de Química do Ensino Médio (ou Química Geral). A proposta de pesquisa está norteada no seguinte problema: “Como se mostram as percepções discente e docente sobre o Ensino de Química na formação profissional de nível médio em Institutos Federais no estado do RS?” O objetivo geral da proposta é compreender o papel do ensino de Química na formação profissional e tecnológica de nível médio em Institutos Federais no estado do RS. A pesquisa realizada teve como base a abordagem qualitativa, quanto a sua finalidade, a investigação se caracteriza por ser uma pesquisa básica estratégica. No que tange à sua técnica, é uma pesquisa exploratória em formato de estudo de caso. A metodologia foi dividida em três momentos: Análise de PPC, revisão sistemática e entrevistas com docentes e discentes, sendo este último no formato de grupo focal. Após as análises, criaram-se três categorias para as informações serem organizadas: 1) A visão de professores sobre o ensino de Química em IF; 2) A percepção de discentes sobre a aprendizagem em Química; 3) O ensino de Química em IF. As conclusões encontradas foram: A construção curricular nos IF não é uma construção coletiva. O IFFar é o IF com melhor valorização do ensino de Química na formação geral se comparado aos demais IF do RS. A quantidade de produções de teses e dissertações que abordam o ensino de Química em IF nos Brasil é pequena. Os professores e estudantes não compreendem a proposta sobre a educação profissional de nível médio, tendo os discentes motivos diversos para a escolha pelo curso a frequentar. Percebe-se a necessidade de exigência de formação pedagógica e disciplinas que visam as relações interpessoais. Há a necessidade de normatizar as aulas práticas em Química nos IF e de criar grupos de discussões sobre o ensino de Química nos IF.