Impacto de overdentures mandibulares retidas por 2 e 3 implantes na remodelação óssea dos maxilares e peri-implantar: 3 anos de acompanhamento

Abstract

A overdenture mandibular retida por 2 implantes (OM2) é um tratamento reabilitador que garante melhor satisfação ao paciente, trazendo diversos benefícios ao usuário, tais como conforto, estabilidade, retenção, melhora na função mastigatória e na fala. Resultados presentes na literatura demonstram que a OM2 é um tratamento já bem estabelecido para edêntulos totais, independentemente do nível de atrofia óssea mandibular que os usuários possam apresentar (MATTHYS et al., 2018, 2019; SCHUSTER et al., 2021). Ainda existe uma certa resistência de indicação universal da OM por parte dos clínicos, baseada no fato da overdenture poder proporcionar efeitos deletérios na maxila, especialmente por gerar alterações no fluxo sanguíneo na região anterior que podem contribuir para reabsorção óssea nessa região. Isso se deve ao fato da força de mordida das overdentures estar equiparada ao dos dentes naturais mandibulares, que foram sugeridos como causadores da reabsorção da maxila oposta contribuindo para a Síndrome de Combinação (ALSROUJI et al., 2019a, 2019b). Essas alterações são atribuídas pela biomecânica das overdentures durante a função mastigatória ao longo do tempo, uma vez que pode variar dependendo do número dos implantes. Assim, alguns pacientes usuários de OM retidas por 2 implantes ainda queixam-se de falta de retenção e estabilidade e demandam soluções protéticas adicionais, sendo neste sentido a incorporação do implante na linha média uma opção, o qual poderia minimizar o movimento rotacional da OM percebido pelo paciente.(CHEN et al., 2015; EMAMI et al., 2015; FAOT et al., 2023; GECKILI et al., 2011).