Ácidos e bases: um mapeamento histórico e epistemológico dos conceitos

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Data
2025-08-20Autor
Santos, Guilherme Brahm dos
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Esta é uma pesquisa de cunho qualitativo que foi dividida em três artigos organizados a partir do objetivo da pesquisa, que é investigar como se deu a construção dos conceitos que originaram a noção de ácidos e bases que é ensinada nos cursos da Educação Básica e Superiores atualmente no contexto brasileiro. Sendo assim, é possível assumir que esta dissertação demonstra que a mediação didática dos conceitos de ácidos e bases em livros do Ensino Médio e Superior opera mediante seleções, hierarquizações e simplificações que, embora pedagogicamente necessárias, geram distorções epistemológicas significativas. Desta forma, há discussões neste texto que demonstram um certo apagamento das rupturas históricas e ontológicas inerentes à construção científica, substituídas por narrativas lineares (Arrhenius → Bronsted-Lowry → Lewis) que dificultam a compreensão da natureza dinâmica do conhecimento, promovendo a criação de obstáculos epistemológicos bachelardianos. No Ensino Médio predomina uma abordagem fenomenológica centrada em Arrhenius, enquanto no Superior há hegemonia de Bronsted-Lowry com formalismo simbólico, mas ambos marginalizam a ontologia de processos de Lewis. Essas escolhas perpetuam concepções alternativas e descontextualizam aplicações relevantes. Sendo assim, foi possível evidenciar que uma mediação didática responsável deve transformar rupturas históricas em ferramentas pedagógicas, articulando teorias como respostas a problemas específicos, integrar dialeticamente macroscópico, submicroscópico e simbólico, e vincular conceitos a contextos reais.
