O tempo e o museu: manifestações da modernidade, pós-modernidade e hipermodernidade no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli 1957-2009
Resumen
O trabalho analisa pontos característicos de três momentos da cultura: Modernidade, Pós-Modernidade
e Hipermodernidade. Estabelece-se e aceita-se, como ponto inicial, a partir do qual será desenvolvido
o presente estudo, o entendimento de que existem os períodos acima nominados, tendo em vista a
preponderância e repetição de determinados comportamentos na vida social do séculos XIX, XX e
início do século XXI, autorizando, dessa forma, a nomenclatura adotada pelos autores consultados ao
longo da elaboração do presente texto. Lembra-se, no entanto, dois pontos: o tempo é contínuo e não
admite intersecções, e os comportamentos existentes em cada momento apontado não são estanques e
únicos naquele espaço temporal. A partir disso, o estudo irá ressaltar, dentro de cada um dos três
momentos, as atitudes mais ocorrentes, citadas pela literatura, como capazes de trazer uma
caracterização especial, assim como uma definição diferenciada. A seguir, verificar-se-á a relação
desses períodos com a formação e o desenvolvimento do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado
Malagoli, elegendo três datas emblemáticas: o ano da sua inauguração oficial, em 1957, destacando
características encontradas na Modernidade; o ano da sua mudança para o prédio da Praça da
Alfândega em 1978, ressaltando traços relacionados com a Pós-Modernidade; e o ano da realização da
exposição Arte na França 1860-1960: O Realismo , em 2009, salientando pontos que trazem
referências à Hipermodernidade. O entrelaçamento das datas eleitas e as características de cada um dos
períodos supracitados são trabalhados no estudo, demonstrando como os comportamentos sociais em
relação ao museu podem refletir as características dos momentos da cultura escolhidos. Para o
desenvolvimento do tema, utilizar-se-á, ainda, o conceito de memória social cunhado por Maurice
Halbwachs, assim como uma análise de fotografias, reportagens jornalísticas, documentos, entrevistas,
catálogos de exposições, listas de frequência às exposições e revisão bibliográfica como suportes da
análise proposta