Desenvolvimento de vacina recombinante de proteína M de Streptococcus equi subsp. equi
Abstract
A equinocultura no Brasil ganha espaço em setores ligados ao lazer, cultura e turismo, sendo responsável por milhões de empregos. A Adenite Equina causada pelo Streptococcus equi subsp. equi é uma doença do aparelho respiratório de elevado
impacto econômico, gerando gastos com mão-de-obra e perda de desempenho dos animais. Para amenizar este problema, medidas profiláticas são importantes, como por exemplo, a vacinação. Porém, as vacinas disponíveis no mercado protegem apenas 50% dos animais. Vários estudos vêm sendo realizados para obtenção de uma vacina mais eficiente contra a Adenite, onde vários fatores de virulência do patógeno estão sendo avaliados como possíveis antígenos vacinais, com destaque para a proteína M de S. equi (SeM). Com base nisso este trabalho objetivou o desenvolvimento e avaliação de uma vacina recombinante para controle da Adenite Equina, utilizando como antígeno a rSeM e como adjuvantes a subunidade B da enterotoxina termolábil de Escherichia coli (rLTB) e ou hidróxido de alumínio (Al(OH)3). Para este estudo foram utilizados 72 camundongos Balb/c fêmeas divididos em 8
grupos e 18 cavalos divididos em 6 grupos, inoculados por via IM ou IN. Os resultados mostraram que a rSeM foi inócua e imunogênica para ambas as espécies avaliadas, estimulando níveis significativos de imunoglobulinas (lgs) anti-rSeM sem a
necessidade de uso de qualquer adjuvante imunológico. Os adjuvantes rLTB e Al(OH)3 não foram capazes de incrementar significativamente os títulos de lgs antirSeM em camundongos, enquanto que em cavalos o tratamento rSeM + rLTB (IM)
promoveu um aumento significativo no título sérico de IgG anti-rSeM. Interessantemente, a produção de IgA secretória anti-rSeM no trato respiratório superior de cavalos teve aumento significativo no tratamento com rSeM + Al(OH)3
(IM). Estes resultados são promissores para a continuidade de estudos visando a utilização da rSeM como antígeno vacinal. Da mesma forma, o uso da rLTB como adjuvante em vacinas para cavalos parece ser promissor.