Regeneração e transformação genética em melão (Cucumis melo L.), cv. Gaúcho
Resumen
O presente trabalho teve como objetivo desenvolver um protocolo eficiente de
regeneração para o melão (Cucumis melo L.), cv. Gaúcho, visando posterior
transformação genética do mesmo. Para tal fim foram realizados três experimentos.
No primeiro, os cotilédones foram divididos em 2, 3, 4 e 5 partes iguais e, inoculados
em meio MS contendo 30 g L-1 de sacarose, 0,9 mg L-1 BAP, 0,3 mg L-1 ABA e 2,2 g
L-1 CaCl2. No segundo experimento, utilizando o mesmo meio de cultura do
experimento anterior, os cotilédones foram submetidos a diferentes densidades de
fluxo de fótons. No terceiro procurou-se estabelecer as condições para germinação
das sementes e sua influência na regeneração cotiledonar sob diferentes
concentrações de BAP. Observou-se que cotilédones seccionados em 5 partes
apresentaram maior média de explantes regenerantes. Já os cotilédones que
permaneceram sob intensidade luminosa de 2 μmol m-2 s-1 apresentaram maior
média de explantes regenerantes e os que ficaram no escuro apresentaram maior
média de explantes com calos e raiz. Observou-se também que quanto maior o
período germinativo e maiores concentrações de BAP no meio regenerativo, menor
é a taxa de explantes regenerantes. Após a obtenção do protocolo de regeneração,
foi realizado teste de sensibilidade dos explantes ao antibiótico de seleção,
determinando-se a concentração de 75 mg L-1 de canamicina como ideal para
selecionar as células transformadas. Para a regeneração de brotações os explantes
foram cultivados em meio MS contendo 0,9 mg L-1 BAP, 0,3 mg L-1 ABA, 2,2 g L-1
CaCl2, 75 mg L-1 canamicina e 250 mg L-1 cefotaxima. Para a transformação
genética, foi utilizado Agrobacterium tumefaciens LBA 4404, com um clone da ACC
oxidase em orientação antisense, denominado pAP4as. Entretanto, não foi
confirmada a inserção da seqüência, pelo teste de PCR, nos tecidos analisados. Verificou-se que estes estudos descritos com Agrobacterium não foram eficientes
para a obtenção de plântulas contendo o gene antisense da ACC oxidase.