A seara das práticas pedagógicas inclusivas com tecnologias: com a palavra as professoras das salas de recursos multifuncionais

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Data
2012-12-21Autor
Martins, Claudete da Silva Lima
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Num mundo em constantes e profundas transformações, as tecnologias emergem no contexto escolar, criando novos horizontes de possibilidades para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que promovam a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais. Na busca por conhecer e compreender tais práticas, esta tese tem por objetivos investigaras tecnologias presentes nas salas de recursos multifuncionais das escolas do sistema municipal de ensino de Bagé-RS, bem como a forma com que são utilizadas nas práticas pedagógicas inclusivas realizadas pelas professoras que atuam nesses espaços. A investigação se constituiem uma pesquisa qualitativa, aproximando-se dos parâmetros caracterizadores do estudo de casos múltiplos, tendo por sujeitos sete professoras que atuam na Educação Especial, reconhecidas por seus pares por desenvolverem boas práticas pedagógicas inclusivas.Para tal utilizaram-se questionários, observação do campo empírico, diário de campo, entrevistas, grupo focal e análise textual discursiva.Os pressupostos teóricos que balizam este estudo apoiam-se em Freire (2011), Lévy (2006), Porto (2009, 2012), Mantoan (2001), Sassaki (2002), Galvão Filho (2009) e (2006), Porto (2009, 2012), Mantoan (2001), Sassaki (2002), Galvão Filho (2009) e Sartoretto e Bersch (2011), sem prejuízo de outras colaborações. Os resultados do estudo evidenciam que as salas de recursos multifuncionais das escolas investigadas possuem recursos de Tecnologia Assistiva e tecnologias da comunicação e da informação, que possibilitam que as professoras alterem, criem e recriem suas práticas. Essas tecnologias são usadas pelas professoras, conforme as necessidades dos alunos e a sua proposta de trabalho, nas práticas pedagógicas inclusivas que desenvolvem, tendo por finalidade possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha acesso ao conhecimento e à aprendizagem; consiga participar das atividades escolares e possa comunicar-se e interagir com o mundo que o cerca. Há investimento do sistema de ensino local, para que as políticas voltadas à inclusão se efetivem, possibilitando que as professoras participem de formação continuada sobre tecnologias, tenham espaços para discussão e resolução de problemas e realizem trabalho colaborativo. Estas situações, conjugadas à postura curiosa, aberta, esperançosa, inquieta, generosa, colaborativa, dialógica e amorosa das professoras, possibilitam que elas realizem práticas pedagógicas inclusivas com tecnologias, instigando a escola como um todo a inserir-se na luta a favor da inclusão.