Entre licenciatura e bacharelado em Educação Física: reformas no ensino superior e a constituição de identidades dos profissionais de educação física da ESEF/UFPel

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Data
2013-01-29Autor
Finoqueto, Leila Cristiane Pinto
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Mostrar registro completoResumo
Este estudo tratou dos impactos das recentes reformas nos currículos de Licenciatura e de Bacharelado em Educação Física na constituição de identidades dos profissionais de Educação Física. O objetivo central da pesquisa foi compreender de que maneira a reforma educacional foi apropriada e que efeitos resultaram nos currículos e na identidade profissional dos/as acadêmicos/as. Tomou-se como referência estudos pós-estruturalistas, especialmente os estudos foucaultianos no trato de conceitos como discurso, práticas discursivas e poder-saber. A utilização da Abordagem do Ciclo de Políticas de Stephen Ball permitiu que as análises empreendidas reposicionassem a visão sobre políticas educacionais e curriculares, compreendendo-as como resultado de constantes conflitos que ocorrem em diferentes contextos que se interpenetram, se relacionam, produzindo efeitos globais-locais. A investigação empreendida foi efetivada mediante a análise dos discursos: dos textos oficiais, relacionados às reformas educacionais para a formação de professores e de bacharéis em Educação Física; de docentes envolvidos com a produção do texto político na esfera federal; de docentes empenhados na recontextualização das normativas oficiais no contexto local de produção da política e de acadêmicos/as, formandos/as de 2010 da ESEF/UFPel. Defendi neste estudo que a instituição da Reforma Curricular do ano de 2004, Diretrizes Curriculares Nacionais para os curso de graduação em Educação Física (Resolução CNE/CES n.07/2004) potencializou o discurso da distinção entre as formações, criando e consolidando possibilidades efetivas de pensar a formação e a constituição de identidades distintas, ainda assim, identidades perpassadas por práticas discursivas comuns que denotam a performatividade e o gerencialismo como tecnologias políticas no processo (auto)formativo; a força da tradição que se ajusta às normatizações oficiais sem abandonar antigas práticas pedagógicas que docentes da ESEF/UFPel consideram criativas para a formação dos profissionais de Educação Física; o mercado de trabalho como balizador e fim da formação profissional e a consolidação de estudos que perspectivam a Educação Física sob o viés biológico, sob o enfoque da atividade física, do desempenho e da saúde.
