Práticas emancipatórias na escola pública
Resumo
A realização desta pesquisa objetivou investigar como se constituem e permanecem práticas emancipatórias na escola pública, considerando que as políticas públicas adotadas para a educação hoje, facilitam que no trabalho pedagógico, desenvolvam-se teorias educacionais tradicionais, acríticas e que transmitem a ideologia posta no sistema político vigente. Porém, a certeza de que em um ambiente onde existe uma
permanente socialização, pode ser também um espaço de resistência aos modelos tradicionais, justifica a relevância na realização e importância deste trabalho. A metodologia utilizada sugere uma pesquisa qualitativa do tipo etnográfica,
considerando que foi feita a partir de observações, entrevistas e análise documental, como forma de coletar o maior número de dados e informações que pudessem
contribuir para análise e interpretação dos resultados. O marco teórico baseou-se em dois importantes pilares: a Teoria Crítica, representada, principalmente, pelos frankfurtianos Theodor Adorno, Max Horkheimer e seus estudiosos, cujas teorias serviram de base para a construção do conceito de emancipação e para uma reflexão em torno da educação enquanto uma prática social. Em um segundo momento, a pedagogia crítica, representada principalmente por Paulo Freire, que deu suporte à reflexão centrada na escola, nas políticas públicas e na prática docente. A análise dos dados demonstra a importância da coletividade, da reflexão
crítica e da resistência como base para o processo de emancipação, evidenciado na escola pesquisada.