Padrões de sibilância respiratória do nascimento até o início da adolescência estudo longitudinal das crianças nascidas em 1993 na cidade de Pelotas-RS
Resumo
Os padrões de sibilância respiratória têm importantes implicações prognósticas. O objetivo deste estudo foi estudar estes padrões em uma sub-amostra da coorte de 1993 de
Pelotas, Brasil, com vários acompanhamentos (nascimento, 6 e 12 meses, 4 e 10-12 anos de idade). Os padrões estudados foram: transitório, persistente, de início tardio e recorrente. A sub-amostra totalizou 897 crianças (sub-amostra sistemática de 20% da coorte original) com prevalências e IC 95% de: padrão transitório 44,7% (40,7-47,2); persistente 6,4% (4,8-8,0); início tardio 3,3% (2,2-4,5); recorrente 4,1% (2,8-5,4). As variáveis independentes associadas a estes padrões foram: a) para sibilância transitória: baixa renda, menor duração da amamentação, infecções respiratórias (6 e/ou 12 meses) e asma na família (quatro anos); b) para persistente: sexo masculino, asma na gravidez, infecções respiratórias na infância e histórico familiar de asma; c) de início tardio:
histórico de asma, diagnóstico médico de rinite (10-12 anos) e diagnóstico médico de eczema (10-12 anos) e como fator protetor infecções respiratórias na infância; d) para
recorrente: fumo na gestação e ausência de asma na família (quatro anos). A identificação destes padrões e de seus fatores associados permite a adoção de condutas terapêuticas
para impedir déficit de função pulmonar posteriormente.