Prevalência e fatores associados ao uso de fotoprotetor no sul do Brasil: um estudo de base populacional.
Resumen
Diversos estudos já comprovaram que ficar exposto ao sol acarreta prejuízos para a pele. Pessoas que se protegem do sol têm menor chance de desenvolver câncer de pele. Além
disso, a proteção contra os raios solares retarda o aparecimento de rugas e manchas, preservando, desta forma, a pele das pessoas. Apesar deste conhecimento, muitas pessoas preferem expor-se ao sol para ficarem bronzeadas ao invés da preservação de uma pele jovem e saudável.
Este assunto tem despertado o interesse de diversos pesquisadores na área da saúde. O médico dermatologista Rodrigo Pereira Duquia realizou uma pesquisa com adultos
da cidade de Pelotas para avaliar o comportamento da população com relação à utilização de fotoprotetores (creme protetor solar) durante o verão. O trabalho foi realizado durante os meses de outubro a dezembro de 2005, sendo entrevistadas 3136 pessoas com 20 anos ou mais de idade.
Entre os achados mais importantes do estudo destaca-se que 23% dos entrevistados trabalhavam em média 65 dias no verão expostos ao sol, no período das 10:00 às 16:00h,
considerado o de maior risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Mais preocupante ainda foi o achado de que apenas cerca de 14% dessas pessoas utilizavam fotoprotetor.
O estudo também demonstrou que a freqüência do uso do protetor solar foi muito maior na praia. Mais campanhas são necessárias para que a população saiba os malefícios da
exposição ao sol e utilize medidas preventivas, como o uso do fotoprotetor, com o objetivo de 106 diminuir as taxas de câncer de pele e retardar o envelhecimento da pele. Atenção especial deve ser dirigida aos trabalhadores expostos ao sol, já que este é o grupo que menos usa o fotoprotetor solar e que permanece maior número de dias exposto ao sol.