Crescimento e desenvolvimento de angiquinho (Aeschynomene spp.)
Abstract
As plantas daninhas interferem negativamente no desenvolvimento e na
produtividade da cultura do arroz (Oryza sativa L.). Objetivando determinar o
crescimento e desenvolvimento, a capacidade reprodutiva da planta daninha
angiquinho (Aeschynomene spp.), a qualidade fisiológica das sementes, as
características morfológicas e a distribuição de matéria seca entre os órgãos,
foram realizadas três atividades de pesquisa, conduzidas em laboratório e casade-
vegetação. As porcentagens de germinação e primeira contagem foram de
89%, no oitavo dia de germinação, e de 74%, no quinto dia após a semeadura,
respectivamente. O índice de velocidade de germinação apresentou valor médio
de 17,6 também no oitavo dia, enquanto a porcentagem de emergência e o valor
médio do índice de velocidade de emergência foram de 83% e 3,2 ,
viii
respectivamente. A taxa máxima de produção de matéria seca foi de 41,15 g m-2
d-1 atingida aos 49 Dias após a emergência (DAE). O índice de área foliar máximo
foi de 3,43 m2 m-2 alcançado aos 56 DAE. A taxa de crescimento relativo, razão de
área foliar e razão de massa foliar decresceram com a ontogenia da planta. Por
outro lado, a taxa assimilatória líquida aumentou gradativamente até aos 49 DAE,
atingindo seu máximo de 16,12 g m-2 d-1, apresentando um segundo pico aos 70
DAE com valor de 15,4 g m-2 d-1 e finalmente um decréscimo acentuado aos 73
DAE. Em relação à distribuição dos fotoassimilados, inicialmente, os drenos
metabólicos preferenciais, foram as folhas, raízes e caules e posteriormente com o
aparecimento das vagens, estas se tornaram os drenos metabólicos preferenciais
de forma definitiva e irreversível, provocando reduções no acúmulo de matéria
seca das folhas a partir dos 56 DAE, do caule aos 77 DAE e das raízes apenas
aos 84 DAE, mas sempre com valores positivos até a colheita final.