Micropropagação e estresse oxidativo de pereira e marmeleiro cultivados em meio contendo alumínio
Abstract
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do alumínio (Al) na
multiplicação e enraizamento in vitro de pereira e marmeleiro. Os explantes
constituíram-se de segmentos nodais de pereira e marmeleiro cultivados in vitro. O
meio de cultura para pereira foi o QL modificado por Leblay e para marmeleiro foi o
MS, ambos adicionados de Al a 0 (pH 5,7 controle), 0, 15, 30, 45 e 60 mg L-1 (pH
4,0), colocado em frascos contendo 1 g de algodão hidrófilo para multiplicação e 3 g
de vermiculita para enraizamento e 30 mL de meio. O experimento constou de
quatro repetições com cinco explantes cada. A multiplicação foi avaliada aos 60 dias
quanto a percentagem de explantes brotados, número e comprimento das
brotações, massa fresca e massa seca total e a atividade das enzimas catalase
(CAT) e ascorbato peroxidase (APX) em pereira. O enraizamento foi avaliado aos 45
dias quanto a percentagem de explantes enraizados, número e comprimento das
raízes, massa fresca e seca da parte aérea e radicular, a atividade das enzimas
CAT, APX e superóxido dismutase (SOD) em pereira e teor de nutrientes. Na
multiplicação, o marmeleiro teve 100% de explantes brotados, mas houve
diminuição no número de brotos. O MC apresentou diminuição no comprimento dos
brotos, na massa fresca e seca, já o BA 29 apresentou aumento desses
parâmetros. A pereira teve alta percentagem de explantes brotados. A Conference
apresentou maior número de brotos. Com relação ao comprimento dos brotos,
massa fresca e seca houve aumento na presença de Al. A atividade da CAT na
Conference foi aumentada em 30 mg L-1 de Al e na Abate Fetel foi aumentada em
30 e 45 mg L-1 de Al. A atividade da APX na Conference foi aumentada em 30 e 60
mg L-1 de Al e na Abate Fetel foi aumentada em 30 mg L-1 de Al. No enraizamento,
o marmeleiro apresentou maior percentagem de enraizamento, maior número e
comprimento das raízes. A maior massa fresca da parte aérea foi obtida pela
Conference e por 30 mg L-1 de Al. A massa fresca da raiz foi maior no BA 29 em
15 mg L-1 de Al. A maior massa seca da parte aérea foi obtida pela Conference e
por 15 e 30 mg L-1 de Al. A maior massa seca da raiz foi obtida pelo BA 29 e por 15
mg L-1 de Al. O teor de nutrientes aumentou na presença de Al. A atividade da CAT
e APX aumentou e da SOD diminuiu em Abate Fetel na presença de Al, enquanto
que na Conference a atividade da CAT diminui, da APX diminuiu somente em 45
mg L-1 de Al e da SOD aumentou. De modo geral, os cultivares responderam de
vii
forma diferente a presença de Al e, em alguns parâmetros, a presença desse metal
foi benéfica.