Multiplicação e regeneração in vitro de marmeleiro, cultivares Adams e MC
Fecha
2010-03-25Autor
Silva, Ilda Mariclei de Castro da
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Os marmeleiros (Cydonia oblonga Mill.) são excelente alternativa de diversificação
de porta-enxertos para pereiras, devido ao interesse por plantas com porte reduzido,
rápida frutificação, uniformidade nos pomares e boa qualidade das frutas. A sua
propagação por meio da cultura de tecidos permite a produção de plantas
homogêneas, em larga escala, com alta qualidade sanitária e num curto espaço de
tempo. Outra aplicação desta técnica é a regeneração ou morfogênese in vitro, que
consiste na formação de órgãos, seja por meio de embriogênese somática ou
organogênese, sendo esta um pré-requisito para a transformação genética. O
presente trabalho teve como objetivo otimizar a multiplicação e regeneração in vitro
dos porta-enxertos de Cydonia oblonga Mill., cultivares Adams e MC. Para os
experimentos de multiplicação foram utilizadas brotações apicais com ápice
excisado (1,5cm), inoculadas em meio MS½ e MS¾ ou MS modificado (¾ da
concentração normal de NH4NO3 e KNO3 e Ferro na forma de EDTA-Férrico),
contendo diferentes concentrações de BAP ou interação entre BAP e AG3, mantidas
em câmara de crescimento com fotoperíodo de 16 horas, 48 μmol m-2 s-1 e 25±2ºC
de temperatura por 40 dias. Após, analisaram-se as variáveis: número de brotações
por explante, comprimento das brotações, número de nós por brotação e
percentagem de explantes com hiperidricidade. Nos experimentos de regeneração
utilizou-se como explante inicial folhas inteiras ou terços basais, jovens ou adultas,
com ou sem pecíolo, inoculados em meio MS, suplementados com TDZ (0, 1, 2, 3
e/ou 4mg dm-3) e ANA (0,1mg dm-3), permanecendo no escuro por 40 dias.
Posteriormente, foram transferidos para meio MS contendo 1mg dm-3 de TDZ e
mantidos na luz por mais 30 dias. Após esse período, avaliou-se a percentagem de
explantes regenerados, o número de brotações por explante regenerante e tipo de
organogênese formada. As duas cultivares estudadas apresentam potencial para a
propagação in vitro, porém Adams foi mais responsivo, pois obteve-se 6,3
brotações por explante, com 2,8mg dm-3 de BAP, enquanto MC apresenta maior
sensibilidade a altas concentrações deste regulador de crescimento e à vitrificação,
porém demonstrou ser mais eficiente durante a regeneração in vitro, apresentando
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valores aproximados de 26% de explantes regenerantes (utilizando 1,0mg dm-3 de
TDZ). Para ambas cultivares, o explante folha inteira é mais responsivo à
regeneração do que terços basais e que esta ocorre principalmente na região basal
do explante, via organogênese direta ou indireta. Baseado nos resultados obtidos
tanto na fase de multiplicação quanto na de regeneração, verifica-se que é possível
multiplicar in vitro estas cultivares em larga escala, bem como melhorar as taxas de
regeneração para futuros trabalhos de melhoramento para características de
interesse, via transformação genética.