A Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) e sua influência nas temperaturas máximas e mínimas do Rio Grande do Sul
Resumen
O Rio Grande do Sul é um estado com características na agricultura, que é a
base da sua economia. Além disso, o Estado também recebe muitos turistas na
região de serra e litorânea. Esses fatores sofrem influência da temperatura e isso se
faz necessário um estudo para que a economia do Estado não seja afetada. Sabese
que existe uma influência dos oceanos nas mais diversas variáveis
meteorológicas e ressalta-se que o Oceano Pacífico é o maior dos oceanos. As
temperaturas da superfície do mar (TSM) do Oceano Pacífico, apresentam uma
configuração com variações de longo prazo, semelhante ao El Niño, denominada
Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) e foi descoberto que a ODP influencia na
precipitação do Estado (Rebello, 2006). Objetiva-se estudar as possíveis influências
da ODP na temperatura máxima e mínima. Para isso utilizou-se os dados de
temperatura máxima e mínima no período de 1925 a 2008 das estações de
superfície do INMET em regiões homogêneas de temperatura e os índices de ODP.
Foram realizados cálculos de anomalias de temperatura média máxima e média
mínima para cada estação e suas respectivas médias mensais. Com esses
resultados calculou-se o percentil dos índices de ODP e das médias das anomalias
de temperatura máxima e mínima. O percentil serviu para separar intervalos de
faixas abaixo da normal, até 40%, entre 40% e 60% sendo a faixa de transição ou
normal e acima de 60% como sendo a faixa acima da normal. A Tabela de
Contingência também foi usada como ferramenta para organizar melhor os dados e
separá-los em número de casos de temperatura máxima abaixo da normal, (T. Max.(
- )), normal, e acima da normal (T. Max.( + )) e o mesmo com a temperatura mínima
sendo abaixo da normal (T. Min.( - )), normal, e acima da normal (T. Min.( + )). Após
a elaboração da Tabela de Contingência foi necessário calcular em porcentagem
seus resultados. Para uma melhor orientação foi feito uma climatologia para cada
região homogênea separadas em limites inferior e superior, onde os valores que
estiverem dentro desse limite são considerados na faixa de normalidade. Foi feito o
teste do Qui-quadrado e como resultado observou-se que a nulidade do teste é
verdadeira. Foi possível verificar no trabalho que R1 a ODP quente influenciou num
aumento da temperatura máxima e diminuição da temperatura mínima; em R2 a ODP fria influenciou num aumento da temperatura mínima e a ODP quente numa
diminuição da temperatura máxima e diminuição da temperatura mínima; em R3 a
ODP fria influenciou num aumento da temperatura máxima e mínima e a ODP
quente numa diminuição da temperatura máxima e aumento da temperatura mínima;
em R4 a ODP fria influenciou num aumento da temperatura máxima e mínima e a
ODP quente numa diminuição da temperatura máxima e mínima. Todos esses
resultados se deram em número de casos ao decorrer do ano. E apesar disso não
houve significância entre as variáveis estudadas. Sendo assim, as temperaturas
máximas e mínimas do estado do Rio Grande do Sul sofrem influência da ODP, mas
não se obteve significância estatística.