Validação e reprodutibilidade da análise subjetiva no diagnóstico da cor dentária
Resumo
Objetivou-se determinar a validade e reprodutibilidade da análise subjetiva no diagnóstico da cor dentária. Noventa e dois indivíduos, participantes de um ensaio clínico randomizado comparando duas concentrações do peróxido de carbamida utilizadas no clareamento vital caseiro, tiveram a cor dos seus seis dentes ântero-superiores avaliada antes do início do tratamento. Um operador analisou objetivamente a cor de todos os elementos dentais (n= 552) através de espectrofotômetro digital (Vita Easyshade, VITA). Em seguida, os pacientes foram examinados separadamente por dois examinadores calibrados, de acordo com a ordem de chegada para o atendimento, a fim de realizar a aferição visual da cor (Escala Vitapan, VITA). A reprodutibilidade foi avaliada pelo coeficiente kappa simples (k), considerando-se o agrupamento das cores em duas categorias (claras e escuras) ou pelo kappa ponderado (Kw), quando consideradas as dezesseis cores da escala. Os valores de sensibilidade e especificidade foram calculados utilizando-se o espectrofotômetro como padrão-ouro. A confiabilidade expressa pela análise subjetiva em função das duas categorias de cor foi substancial (K= 0,69). Quando se consideraram todas as cores, a confiabilidade foi razoável (Kw= 0,33). A sensibilidade da análise visual foi de 86,9% e a especificidade 81,9%. A avaliação visual da cor dentária mostrou-se como método válido, apesar de sua subjetividade, apresentando uma boa reprodutibilidade para o diagnóstico de colorações claras e escuras