Efeito da técnica restauradora, do tipo de preparo e do envelhecimento de restaurações de resina composta sobre a resistência à fratura dental, resistência adesiva e vedamento marginal

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Data
2006-06-23Autor
Souza, Fábio Herrmann Coelho de
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O objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro o efeito da técnica restauradora, da confecção de bisel e do tempo de armazenamento de restaurações de resina composta sobre a resistência à fratura dental, resistência à fratura de restaurações (resistência adesiva) e formação de fenda marginal. Para o teste de resistência à fratura dental, foram utilizados 100 pré-molares superiores, submetidos a preparos cavitários MOD, divididos em 2 tempos de armazenamento
(24 horas e 6 meses com termociclagem 1000 ciclos), subdivididos nos seguintes grupos: grupo 1 restaurados com resina composta direta (Filtek Z250 e Adper Single Bond 3M/ESPE) sem bisel; grupo 2 resina composta direta com bisel; grupo 3 resina composta semi-direta (Z250 e Rely X ARC 3M/ESPE) sem bisel; grupo 4 resina composta semi-direta com bisel; grupo 5 dentes hígidos; e grupo 6 dentes apenas preparados (n=10). Para o teste de resistência à fratura de restaurações, foram utilizados 90 incisivos inferiores, que receberam desgaste do bordo incisal e foram divididos nos mesmos grupos citados acima (exceto o grupo 6). Para a avaliação de presença ou ausência de fenda marginal,foram empregados 24 terceiros molares, que receberam preparos proximais, divididos nos mesmos grupos acima (exceto os grupos 5 e 6). Os dados foram submetidos à análise estatística (=0,05) através dos testes ANOVA, Tukey e t-student para resistência à fratura dental e resistência à fratura de restaurações e teste exato de Fisher para formação de fenda marginal. Os resultados mostraram que, para resistência à fratura dental, no tempo de 24 horas, as restaurações com bisel foram superiores às demais, enquanto as sem bisel não diferiram dos dentes hígidos. Após 6 meses, as restaurações semi-diretas com bisel foram superiores às demais, não diferindo das semi-diretas sem bisel; as restaurações diretas sem bisel foram inferiores às demais. Para resistência à fratura de restaurações, as restaurações com bisel foram superiores às demais para ambos os tempos de
armazenamento, e não diferiram dos dentes hígidos em 24 horas. Para os 2 testes citados, os grupos 1, 2 e 4 apresentaram redução significativa do seu desempenho após 6 meses de armazenamento e termociclagem. A avaliação de
fenda em esmalte mostrou que em 24 horas não houve diferença entre os grupos. Após 6 meses, as restaurações com bisel continuaram livres de fenda, enquanto as sem bisel apresentaram fenda na maioria dos espécimes. A análise de
correlação de Pearson mostrou resultado significativamente positivo para os 2 testes de resistência. Concluiu-se que o tempo de armazenamento e termociclagem foram fatores significativos na redução da performance adesiva; a
realização de bisel influenciou de forma positiva na melhora do desempenho das restaurações em todos os testes empregados; as restaurações semi-diretas de resina composta, de modo geral, não foram superiores às diretas.