Suscetibilidade de fungos nematófagos a fármacos antiparasitários
Abstract
O rápido desenvolvimento de resistência de parasitos do trato gastrintestinal a antihelmínticos tem demonstrado limitada eficiência desse método para o controle de determinadas endoparasitoses em ruminantes, incentivado assim, pesquisas com métodos alternativos de controle parasitário. A utilização de compostos químicos no tratamento anti-helmíntico de animais, em associação com fungos nematófagos usados no controle biológico, é uma estratégia que vem se mostrando eficaz para a redução da densidade populacional de nematódeos nos animais de produção e pouco se sabe sobre seu emprego simultâneo. Este trabalho teve por objetivo verificar, através da Concentração Inibitória Mínima (CIM), a suscetibilidade in vitro dos fungos nematófagos Arthrobotrys oligospora, Duddingtonia flagrans, Paecilomyces fumosoroseus, Paecilomyces lilacinus, Paecilomyces marquandii e Paecilomyces variotii aos antiparasitários albendazol, tiabendazol e ivermectina (100%), levamisol (7,5%) e closantel (10%). As CIMs variaram de 4 a 0,031µg/mL para albendazol,
tiabendazol e ivermectina, de 0,937 a 0,117µg/mL para o levamisol e de 0,625 a 0,039µg/mL para o closantel, dependendo do fungo testado. Os resultados mostram que todos os antiparasitários testados tiveram efeito inibitório in vitro sobre os fungos nematófagos, podendo comprometer suas ações como bioagentes de controle biológico.