“Ela não era ninguém especial”: representações do feminino em graphic novels de Alan Moore
Resumen
Os quadrinhos, por serem uma mídia de massa, são um espaço de representações sociais. A noção de feminilidade e de beleza que são representadas nos quadrinhos muda de época para época, sendo representadas através do olhar masculino, de uma projeção que o olhar masculino considerada como feminino. Pensando nisso, a presente tese procura analisar como o feminino é representado em obras roteirizadas pelo escritor britânico Alan Moore. As obras foram divididas em três fases, a saber: a fase britânica, que enfoca as obras A balada de Halo Jones (1984-1986) e V de Vingança (1982-1983; 1988); a fase estadunidense mainstream, com as obras Watchmen (1986-1897) e Batman: a piada mortal (1988); e a fase estadunidense não-mainstream, a qual engloba as obras Promethea (1999-2005) e Lost Girls (2006). A análise de gênero será feita, primariamente, através do conceito de Judith Butler de “performatividade de gênero”, o qual diz que gênero não é algo intrínseco ao ser humano, mas sim algo construído através da repetição de ações e ideias.