Memórias da resistência de mulheres indígenas no Equador: manifestações de outubro de 2019
Resumo
O levante de outubro de 2019 marca um importante momento da história das lutas sociais no Equador, destacando a participação crucial das mulheres indígenas nos movimentos de resistência a projetos políticos e socioeconômicos que prejudicam as nacionalidades, nações ou povos e comunidades originárias. Por isso, este trabalho está centrado no registro e na compreensão das memórias dessas atrizes sociais, bem como na análise de suas experiências, papéis e contribuições durante o período de efervescência política e social. Em termos teórico-metodológicos, a pesquisa possui inspiração nos estudos pós-coloniais e foi concluída através de uma metodologia qualitativa interdisciplinar, que inclui entrevistas, histórias orais e documentos textuais. As entrevistas foram realizadas com mulheres indígenas de diversas comunidades e suas vozes revelam um panorama complexo de motivações e desafios. Muitas delas se uniram aos protestos daquele ano em resposta às medidas de austeridade, impostas pelo governo central, que afetaram desproporcionalmente as comunidades indígenas e camponesas. Neste contexto, as memórias decoloniais da resistência indígena e as tradições culturais desempenham um papel fundamental, fornecendo um marco de referência e uma fonte de vigor político para enfrentar diversas adversidades. Finalmente, o presente estudo destaca a importância das memórias de resistência das mulheres indígenas como um recurso essencial para a construção de uma narrativa inclusiva e pluralista sobre a história recente do Equador.
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