Do trabalho ao consumo: a representação literária da sociedade em O Paraíso das Damas, de Émile Zola

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Data
2021-07-22Autor
Santos, Kassandra Naely Rodrigues dos
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A presente dissertação de mestrado propõe uma análise literária da representação da sociedade de consumo no romance O Paraíso das Damas, publicado em 1883, de autoria do escritor francês Émile Zola, com base em teorias como a sociedade de consumo de Bauman (2008), a romantização do consumo de Campbell (2001), a evidência do excedente de Jean Baudrillard (1995), e o sistema simbólico e organizacional do consumo de Pierre Bourdieu (2010), que auxiliam a compreender a construção e desenvolvimento das relações sociais e comerciais estabelecidas na ficção. A obra literária pertence ao conjunto de romances intitulado Os Rougon-Macquart: História Natural e Social de uma Família sob o Segundo Império (1871–1893) e está inserida no movimento estético literário Naturalismo, inaugurado pelo próprio escritor, que propõe retratar a sociedade a partir de conceitos científicos vigentes em sua época, como a teoria determinista e da hereditariedade. O romance dialoga com seu o contexto histórico e social de criação ao apresentar o movimento migratório de jovens para centros urbanos em busca de melhores condições de trabalho, tendo em sua temática central a disseminação de uma sociedade de consumo por meio da trajetória de ascensão e expansão da loja Paraíso das Damas, inspirada em grandes magazines parisienses reais do século XIX.
