Eficiência em educação: um estudo sobre as universidades federais brasileiras

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Data
2024-08-15Autor
Oliveira, Caren Hartwig Milech de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As instituições de ensino superior desempenham um papel crucial como pilares do
desenvolvimento humano e social, atuando como centros de produção e
disseminação do conhecimento. No entanto, enfrentam desafios na gestão eficiente
de recursos, avaliação por órgãos de controle e na necessidade de estabelecer
planos claros. Em um cenário de recursos escassos, a eficiência na gestão torna-se
crucial para maximizar resultados diante de restrições financeiras e de pessoal,
visando oferecer ensino superior de qualidade. A análise da eficiência fornece uma
gestão transparente e permite que a sociedade acompanhe e avalie as politicas
públicas. À vista disso, o objetivo geral deste estudo é analisar o nível de eficiência
das universidades federais brasileiras no período de 2013 a 2022. Para atingir os
objetivos propostos foi adotada a metodologia da Análise Envoltória de Dados com a
finalidade de aferir o nível de eficiência das unidades estudadas. Esta técnica
consiste na comparação de entradas e saídas no sistema analisado. Durante a
análise de eficiência realizada, alguns testes econométricos foram empregados,
incluindo o teste de causalidade de Granger, para estabelecer a relação entre as
variáveis de inputs e outputs. Os resultados desses testes indicaram um fluxo causal
entre as variáveis consideradas como inputs e outputs, respaldando a Análise
Envoltória de Dados (DEA). Foram realizados cálculos de diversas eficiências:
padrão, invertida, composta e composta normalizada. Estas análises destacaram a
Universidade Federal de Minas Gerais como a instituição mais eficiente entre 2013 e
2022. Entretanto, outras instituições não alcançaram o máximo de eficiência,
apresentando uma variedade significativa de resultados. Essa diversidade sugere a
necessidade de medidas para melhorar a eficiência dessas instituições.
Identificaram-se os fatores que impediram essas instituições de atingir a eficiência
máxima, visando orientar os gestores na tomada de decisão para promover sua
eficiência. A análise da variação da eficiência composta normalizada durante a
pandemia da Covid-19, usando o índice de Malmquist, mostrou impactos variados
nas universidades federais brasileiras. Portanto, a hipótese de que os níveis de
eficiência relativa das universidades federais do Brasil decresceram durante a
pandemia não foi confirmada. Observou-se que universidades mais antigas são, em
geral, mais eficientes, possivelmente devido à maior experiência e infraestrutura
consolidada, confirmando a hipótese de diferença significativa na eficiência entre
universidades jovens e antigas. Também se concluiu que há uma diferença
significativa na média de eficiência entre universidades em municípios mais
desenvolvidos e menos desenvolvidos, considerando o PIB per capita. Resultados
por região indicaram diferenças significativas na eficiência média das universidades
entre as diferentes macrorregiões brasileiras.