Produção de vídeo estudantil e formação docente: desafios e potencialidades sob a ótica de professores/as da educação básica

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Data
2023-08-23Autor
Silva, Vânia Dal Pont Pereira da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O avanço tecnológico contribuiu para que o/a indivíduo/a saísse do status de
espectador/a e se tornasse um/a produtor/a de vídeos, movimento que também atingiu
a escola. Porém, percebe-se que os cursos de licenciatura ainda não apresentam
disciplinas que contemplem a produção de vídeo estudantil como uma atividade
pedagógica. Ainda assim, existem no Brasil inúmeros festivais e mostras de vídeo
estudantil criados por professores/as da Educação Básica. Neste sentido, esta Tese
buscou compreender esses/as professores/as, que não têm formação específica para
trabalhar com as tecnologias digitais, como captação, edição, armazenamento e
divulgação de forma pedagógica, mas, mesmo assim, produzem vídeos nas escolas
em que atuam com seus/as alunos/as. A pesquisa está dividida em sete capítulos nos
quais se apresentam a conexão da pesquisadora com a educação e a produção de
vídeo estudantil; a formação docente e o uso da tecnologia; a relação do cinema com
a educação; o avanço tecnológico e a produção de vídeo estudantil; a metodologia
utilizada na investigação; a análise de dados e a conclusão do trabalho. Procurou-se
responder à seguinte questão: Como professores/as da Educação Básica produzem
vídeos estudantis com seus/as alunos/as? Para tanto, realizou-se uma pesquisa
qualitativa no acervo do Laboratório de Produção de Vídeo Estudantil da Universidade
Federal de Pelotas, que conta com mais de quatro mil contatos de professores/as que
trabalham com produção de vídeo estudantil no Brasil. A pesquisa teve uma
abordagem de estudo de caso, utilizando o instrumento de entrevistas individuais
semiestruturadas para a coleta de dados, por meio de encontros onlines com os/as
sujeitos/as da pesquisa. Foi selecionado um/a professor/a de cada região do Brasil,
de acordo com os critérios pré-estabelecidos. Dos resultados obtidos, emergiram as
categorias e subcategorias: Inovação, Formação, Gestão, Afetividade (Relação
professor/a, Aluno/a e realidade) e PVE na educação (Prática com PVE e PVE como
metodologia). As análises apresentam o olhar dos/as professores/as quanto à
realidade vivenciada em sala de aula, demonstrando que para produzir vídeo com
seus/as alunos/as, passaram por dificuldades técnicas, metodológicas, preconceito,
medo da inovar, condições de trabalho, entre outros, mas que com o desenvolvimento
e a capacitação das práticas pedagógicas foi possível descobrir as potencialidades
dessa estratégia em sua prática docente. Os/as professores/as entrevistados/as
acreditam que a produção de vídeo estudantil é uma atividade que pode colaborar
com o ensino, pois torna a aprendizagem dinâmica e prazerosa.
