O Google Classroom como ferramenta de ensino de língua espanhola no ensino híbrido da EJA de uma escola de Capão do Leão: uma análise a partir dos princípios de usabilidade
Resumo
O presente estudo de abordagem qualitativa tem o objetivo de analisar, através dos
princípios de usabilidade, a “Plataforma Google Classroom” (PGC) na modalidade
de ensino híbrido para a educação de jovens e adultos (EJA) voltada ao ensino de
Língua Espanhola (LE). Através de um arcabouço teórico baseado no uso de
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), no ensino e
aprendizagem, foi possível referenciar o uso destas modernas tecnologias que se
deparam com uma pedagogia, por vez tradicional, que carece de entender a sala de
aula sem limitações físicas. Ao ponderar sobre novas visões que reformulam a
concepção de “Sala de Aula”, passa-se a considerar o conceito de sala de aula
invertida (SAI) para, desta forma, possibilitar aos estudantes da EJA um ensino que
atenda as particularidades desta modalidade através de uma educação na forma
híbrida que extraia as facilidades do ambiente presencial usufruindo também das
vantagens dos ambientes virtuais. Sendo assim, a PGC, objeto deste estudo, foi
utilizada como ambiente virtual de ensino através de dispositivos desktop e mobile,
sendo considerados desktops, todos os dispositivos eletrônicos excetuando-se os
smartphones, considerados mobile. Esta pesquisa também apresenta a usabilidade
através de uma linha do tempo que engloba as heurísticas de Nielsen e a “User
Experience” de Norman, perpassando pelas normas ISO/IEC que antecederam
estes estudos até a usabilidade de Preece, Rogers e Sharp, Steve Krug, entre
outros pesquisadores. A análise da PGC, através de seus recursos, é apresentada
com ênfase nos princípios de usabilidade abordados por Preece, Rogers e Sharp –
na sua obra “Design de Interação: Além da Interação homem-computador” – que nos
servem de base teórica, norteando este estudo. Esta pesquisa conta com um
detalhamento minucioso da PGC sob o prisma do ‘Professor principal’, do ‘Professor
auxiliar’ e do ‘Aluno’, em dispositivos desktop e mobile (vide Apêndice 2), em que –
com base no material construído – procedeu-se a análise da referida plataforma a
partir dos princípios de usabilidade, considerando também a observação da prática
educacional da autora com estudantes da EJA, no ensino de espanhol em uma
escola de Capão do Leão, utilizando-se de análise de fichas de acompanhamento
sistemático e questionário respondido por eles; registros de imagens de uso da PGC
e imagens de instruções criadas para suprir as dificuldades encontradas ao longo do
percurso (vide Apêndice 2). O exame ocorreu através da análise do acesso à PGC
pelos professores – titular e auxiliar – e pelos alunos, nos dispositivos descritos
acima. Posteriormente, analisou-se a criação de uma turma pelo ‘Professor principal’
e, finalmente, a participação do ‘Professor principal’, do ‘Professor auxiliar’ e do
‘Aluno’, nestes dispositivos, sob a perspectiva dos problemas que dificultaram a
participação dos elementos que integraram o processo. Como problemas salientou
se – dentro da análise – todas situações em que foram encontradas dificuldades de
entendimento/falta de percepção – pelos alunos – de uma operação que deveria ser
intuitiva, mas não foi, mesmo com a presença dos princípios de usabilidade
pertinentes, por inferir-se que essa falta de entendimento/percepção seria causada
por possíveis inadequações na apresentação de algum elemento gráfico/ferramenta
dentro do Gmail ou PGC, o que reafirmou a necessidade dos titulares possuírem um
conhecimento prévio na utilização deste tipo de recurso.