Zonulina como marcador de permeabilidade intestinal relacionado ao consumo de pre/probióticos: uma revisão de literatura
Resumen
A alteração na composição da microbiota denominada disbiose, têm sido associadas a
diversas doenças inflamatórias, como, distúrbios metabólicos, obesidade, resistência à
insulina, diabetes tipo 2, ansiedade e depressão. Estes distúrbios podem levar a quebra das
Junções Estreitas causando Permeabilidade Intestinal e facilitando a endotoxemia. O nível
de Zonulina pode ser um bom marcador molecular para estadiamento destas patologias, ou
para fornecer parâmetros na abordagem clínica com uso de probióticos. O objetivo deste
trabalho foi realizar uma revisão narrativa da literatura a fim de analisar o uso de pré e
probióticos correlacionado com os níveis de zonulina. Foram selecionados 16 estudos,
representando uma amostra de 646 pacientes. Os níveis de zonulina foram reduzidos em 6
estudos (37,5%) que possuíam 36 espécies distintas, com especial destaque para B. lactis,
B. breve, B. bifidum, B. longum, L. plantarum, L. bulgaricus, L. acidophilus, S. thermophilus,
que representam 69,4% das cepas efetivas. A duração da suplementação nos estudos
variou, de 14 dias a 180 dias, com tempo médio de utilização de 74 dias, sendo maior nos
artigos que reduziram a zonulina (112,7 dias). Nenhum prebiótico ou probiótico foi capaz de
reduzir os níveis de zonulina quando administrado de maneira isolada. Os pré/probióticos
parecem afetar diretamente a integridade da barreira intestinal, especialmente em
condições de saúde como obesidade e diabetes. Além disso, o tempo e a forma de
administração multi cepa ou simbiótico parecem ser fatores determinantes do resultado.