A constituição da mulher negra no contexto do cuidado domiciliar: revisão narrativa

Abstract

Problematizar a figura da mulher na sociedade brasileira, analisando o racismo e sexismo de forma unificada e não fragmentada, torna-se possível para compreender as violências que são refletidas nas mulheres. Isso acontece, sobretudo, nas mulheres negras, a partir de estereótipos como cozinheira, faxineira, servente ou prostituta, revelando as marcas do racismo (GONZALEZ, 1984). Lélia Gonzalez (1984) deu início para essa análise social no Brasil, antes mesmo da existência do termo interseccionalidade, cunhado por Kimberly Crenshaw (1989) que atualmente é utilizado como base teórica, que identifica as questões raciais, de classe e gênero. Além disso, utilizado como cruzamento das opressões que atuam na centralidade das relações que estruturam a sociedade, limitando as oportunidades na vida das mulheres negras (CRENSHAW, 1989).