dc.creator | Bezerra, Daniele Borges | |
dc.date.accessioned | 2025-07-07T18:09:31Z | |
dc.date.available | 2025-07-07 | |
dc.date.available | 2025-07-07T18:09:31Z | |
dc.date.issued | 2024-03-25 | |
dc.identifier.citation | BEZERRA, Daniele Borges. Pacientes, experientes e outros-que-humanos: narrativas e grafias na Luta Antimanicomial. 2024. 365f. Tese (Doutorado em Antropologia)- Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/16462 | |
dc.description.abstract | From an ecological perspective (INGOLD, 2012, 2013, 2019, 2023; HARAWAY, 2022, 2023; STENGERS, 2002; DESPRET, 2023), this research seeks to highlight that the ways of meaning atypical experiences, as living phenomena, with sensorial expression , sometimes as symptoms of mental illnesses, sometimes as variations of human experience in the world, are decisive for the production of suffering or for the production of more tolerant and plural modes of relationships. The research universe was constituted from the ethnographic encounter with people linked to the International Voice Hearers Movement and people who have undergone psychiatric hospitalizations, all militants of the Anti-Asylum Fight, who have atypical sensory experiences, interpreted as symptoms by the biomedical and psi fields. The central argument of the thesis argues that the circulation of sensitive narratives related to life trajectories, as well as the practice of “speculative fabulation” (HARAWAY, 2023) in communion with people's experiences, allows us to imagine other worlds to live in. I accept the premise that dreams prepare us to live reality. So the thesis expresses part of a dream world in which dignity, collaborative agencies, respect for diversity, freedom and care for life are assumed as inseparable parts of what we understand as health and what we desire as reality. By proposing other images for atypical sensory experiences, this exercise of imagination that also requires forms of solidarity engagement with the world, sets out to deconstruct the violent culture of normality, unworlding “madness” as it is conceived in the West, to reinvent sanity and the right to singular intensities. Working with ethnobiographies creates space for the recording and sensitive sharing of life experiences crossed by the field of health, the experience of extraordinary phenomena and the violence that comes with the label of madness. With this, together with the interlocutors, we produce discursive gaps, based on their experiences, which allow us to denaturalize what is considered normal, what is madness and what is sanity. Finally, I reaffirm our movement towards making words move, so that they reverberate through the spaces in which they are necessary, creating new images for a conception of sanity produced in becoming-with. I believe that, through the production and sharing of narratives — visual, sound and verbal — be possible to create new sensibilities for plural worlds. | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Saúde | pt_BR |
dc.subject | Cuidado | pt_BR |
dc.subject | Sofrimento | pt_BR |
dc.subject | Experiências atípicas | pt_BR |
dc.subject | MIOV | pt_BR |
dc.subject | Fabulação especulativa | pt_BR |
dc.subject | Health | pt_BR |
dc.subject | Care | pt_BR |
dc.subject | Suffering | pt_BR |
dc.subject | Atypical experiences | pt_BR |
dc.subject | HVM | pt_BR |
dc.subject | Speculative confabulation | pt_BR |
dc.title | Pacientes, experientes e outros-que-humanos : narrativas e grafias na luta antimanicomial | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/0831071373455034 | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/8774264386533161 | pt_BR |
dc.description.resumo | A partir de uma perspectiva ecológica (INGOLD, 2012, 2013, 2019, 2023; HARAWAY, 2022, 2023; STENGERS, 2002; DESPRET, 2023), esta pesquisa busca evidenciar que os modos de significar as experiências atípicas, enquanto fenômenos vivos, com expressão sensorial, ora como sintomas de doenças mentais, ora como variações da experiência humana no mundo, são determinantes para a produção do sofrimento ou para a produção de modos de relação mais tolerantes e plurais. O universo de pesquisa se constituiu a partir do encontro etnográfico com pessoas vinculadas ao Movimento Internacional de Ouvidores de Vozes e pessoas que passaram por internações psiquiátricas, todas militantes da Luta Antimanicomial, que possuem vivências sensoriais atípicas, interpretadas como sintomas pelo campo biomédico e psi. O argumento central da tese defende que a circulação de narrativas sensíveis relacionadas às trajetórias de vida, bem como a prática da “fabulação especulativa” (HARAWAY, 2023) em comunhão com as vivências das pessoas, nos permitem imaginar outros mundos possíveis de se viver. Acolho a premissa de que os sonhares nos preparam para viver a realidade. De modo que a tese exprime parte de um mundo sonhado no qual a dignidade, as agências colaborativas, o respeito à diversidade, a liberdade e o cuidado à vida são assumidos como partes indissociáveis do que entendemos por sanidade e daquilo que almejamos como realidade. Ao propor outras imagens para as experiências sensoriais atípicas, esse exercício de imaginação que também requer formas de engajamento solidário com o mundo, se propõe a desconstruir a cultura violenta da normalidade, desmundificando a “loucura” como é concebida no Ocidente, para reinventar a sanidade e o direito às intensidades singulares. O trabalho com etnobiografias cria espaço para o registro e a partilha sensível de experiências de vida atravessadas pelo campo da saúde, pela vivência de fenômenos extraordinários e pelas violências que acompanham o rótulo da loucura. Com isso, junto com as pessoas interlocutoras, produzimos brechas discursivas, baseadas nas suas experiências, que permitem desnaturalizar o que é considerado normal, o que é loucura e o que é sanidade. Por fim, reafirmo nosso movimento no sentido de fazer caminhar as palavras, para que reverberem pelos espaços nos quais se fazem necessárias, criando novas imagens para uma concepção de sanidade produzida em devir-com. Acredito que, por meio da produção e da partilha das narrativas — visuais, sonoras e verbais — seja possível criar novas sensibilidades para mundos plurais. | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Antropologia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CIENCIAS HUMANAS | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.rights.license | CC BY-NC-SA | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Magni, Cláudia Turra | |
dc.subject.cnpq1 | ANTROPOLOGIA | pt_BR |