A poluição visual e as leis de ordenamento do aparato publicitário : a percepção do usuário em centros comerciais de cidades de diferentes escalas
Abstract
A presente dissertação pertence ao escopo das ciências sociais aplicadas, na linha de pesquisa da percepção ambiental, e da arquitetura e urbanismo. Engloba o tema da poluição visual causada pelo uso desordenado de aparatos publicitários em cidades de diferentes escalas. O problema de pesquisa se configura a partir da carência de legislações que consideram a percepção do usuário para o ordenamento de aparatos publicitários. Sendo assim, procura-se responder a seguinte pergunta: considerando a percepção do usuário, como solucionar o problema da poluição visual causado pelo uso desordenado de aparatos publicitários em cidades de diferentes escalas? Tal premissa tem como objetivo definir recomendações para a implementação de leis de ordenamento do aparato publicitário que prezem a percepção do usuário em cidades de diferentes escalas. Para isso, estudam-se os casos de três cidades, Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, São Paulo, capital do estado de São Paulo e Caxias do Sul, também no Rio Grande do Sul. Santo Ângelo é o caso de estudo primário, enfoque deste trabalho, enquanto as outras duas cidades são casos de estudo secundários. Com respeito à metodologia adotada, além da revisão bibliográfica e análise das legislações desses centros, buscou-se trabalhar com entrevistas e grupos focais como métodos de entendimento da percepção dos usuários. Os resultados apresentam que os cidadãos que vivem em cidades que têm seus aparatos publicitários ordenados têm uma perspectiva positiva dessas leis. Por outro lado, em município em que as mesmas são ausentes, percebeu-se que, no momento que feita discussões sobre o assunto, diferentes grupos de usuários tendem a sugerir, também, uma positiva aceitação. Por fim, são apresentadas diretrizes que podem vir a servir como material de fomento para discussões que contribuam com a melhora da paisagem urbana em cidades de pequena e média escala, a partir de políticas públicas.