Mostrar el registro sencillo del ítem
Mulheres e trabalho reprodutivo: um olhar discursivo para os efeitos da pandemia nas relações generificadas
dc.creator | Tejada, Bruna Vitória | |
dc.date.accessioned | 2025-07-21T11:10:38Z | |
dc.date.available | 2025-07-21 | |
dc.date.available | 2025-07-21T11:10:38Z | |
dc.date.issued | 2025-02-26 | |
dc.identifier.citation | TEJADA, Bruna Vitória. Mulheres e trabalho reprodutivo: um olhar discursivo para os efeitos da pandemia nas relações generificadas. 2025. 172 f. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Centro de Letras e Comunicação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/16634 | |
dc.description.abstract | In this research, we aim to analyze the statements of Brazilian women about their living conditions during the pandemic, reflecting on the effects of the health crisis on their relationship with reproductive labor. To this end, we propose a theoretical articulation between Materialist Discourse Analysis (MDA) and Social Reproduction Theory (SRT). Among feminist theories, we justify the choice of SRT as the theoretical framework because it enables us to consider the process of gendering subjects as a central element in the organization of material life, examining how gender operates within the dynamics of production and reproduction in the neoliberal capitalist mode of production. In this context, gender is understood through the lens of social reproduction labor, in association with race and class identifications, articulated via the Althusserian concept of overdetermination. We observe race and gender identifications, along with class positions, as constitutive elements of the ideological interpellation process that produces the evidences to which the subject is subjected, enabling the subject to function on its own (Pêcheux, 1997), self-regulating in favor of the State and reproducing dominant meanings. These identifications keep women bound to reproductive labor, producing subjectivities aligned with the dominant ideology that shapes our neoliberal social formation. Although reproductive labor extends beyond unpaid domestic and caregiving work performed by women in their homes, in this text we focus on this specific aspect due to the materiality under analysis. Our analytical gesture was conducted using as a corpus a podcast episode released on April 14, 2021, and a satirical song released on March 23, 2021, through which we reflected on the effects of reproductive labor on women's subjectivation processes. The analysis was constructed based on regularities identified in the material—both written and inscribed—emphasizing the recurrence of meanings associated with exhaustion and fatigue. From this, we were able to reflect on labor, subjectivity, isolation, and home. In this process, the enunciative position, as a dimension of subject-positions, proved fundamental in the production of meaning, revealing how relations of oppression and exploitation determine differences in meaning, silencing or making visible the oppressions and exploitations that sustain the reproduction of production relations in neoliberalism. We also identified possibilities for resistance, where the bad-subject takes the floor. In the analyzed corpus, resistance was understood through excess and repetition of words or structures. We interpret this repetition as the return of the real of language, emerging in the face of lack, incompleteness, and the impossibility of fully signifying the effects of intensified oppression and exploitation during physical isolation. We consider the pandemic as a discursive event, as it disrupts sense affiliations and production relations. As evidence of this event, we highlight the emergence of new formulations—such as "the new normal"—the ambiguity surrounding terms like "social isolation," and the construction of a pre-constructed notion around the term "mothers." | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Discurso | pt_BR |
dc.subject | Trabalho reprodutivo | pt_BR |
dc.subject | Pandemia | pt_BR |
dc.subject | Opressão/exploração | pt_BR |
dc.subject | Discourse | pt_BR |
dc.subject | Reproductive labor | pt_BR |
dc.subject | Pandemic | pt_BR |
dc.subject | Oppression/exploitation | pt_BR |
dc.title | Mulheres e trabalho reprodutivo: um olhar discursivo para os efeitos da pandemia nas relações generificadas | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorID | https://orcid.org/0000-0002-1194-2402 | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/3283188402022874 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | https://orcid.org/0000-0003-1026-2277 | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/2001548222755825 | pt_BR |
dc.description.resumo | Nesta pesquisa, temos por objetivo analisar dizeres de mulheres brasileiras sobre suas condições de vida no contexto da pandemia, refletindo sobre os efeitos da crise sanitária em sua relação com o trabalho reprodutivo. Para isso propomos uma articulação teórica entre a Análise de Discurso Materialista (AD) e a Teoria da Reprodução Social (TRS). Dentre as teorias feministas, justificamos a escolha da TRS como aporte teórico porque ela possibilita pensar o processo de generificação dos sujeitos como um elemento central na organização da vida material, examinando como o gênero atua nas dinâmicas de produção e reprodução no modo de produção capitalista neoliberal. Nesse contexto, o gênero é considerado a partir do trabalho de reprodução social, em associação com as identificações de raça e classe, articuladas pelo conceito althusseriano de sobredeterminação. Observamos as identificações de raça e gênero e as posições de classe como constitutivas do processo de interpelação ideológica que produz as evidências às quais o sujeito é assujeitado, de modo que este funcione por si mesmo (Pêcheux, 1997), autorregulando-se a favor do Estado e reproduzindo os sentidos dominantes. Essas identificações mantêm as mulheres no trabalho reprodutivo produzindo processos de subjetivação que atendem a ideologia dominante que conforma nossa formação social neoliberal. Embora o trabalho reprodutivo não se limite ao trabalho doméstico e de cuidado executado pelas mulheres de modo não remunerado em suas casas, neste texto trabalharemos com esse recorte em razão da materialidade que será analisada. Realizamos nosso gesto de análise tendo como corpus um episódio de podcast lançado em 14 de abril de 2021 e uma marchinha lançada em 23 de março de 2021, a partir dos quais tecemos reflexões acerca dos efeitos do trabalho reprodutivo no processo de subjetivação das mulheres. A análise foi construída a partir das regularidades encontradas no material - escritas ou inscritas -, destacando-se a recorrência de sentidos associados à exaustão e ao cansaço. A partir disso, pudemos pensar sobre trabalho, subjetividade, isolamento, casa. Nesse processo, o lugar enunciativo, enquanto uma dimensão das posições-sujeito, revelou-se fundamental na produção de sentidos, evidenciando como as relações de opressão e a exploração determinam as diferenças de sentido, silenciando ou visibilizando as opressões e explorações que sustentam a reprodução das relações de produção no neoliberalismo. Também identificamos possibilidades de resistência, nas quais o mau-sujeito toma a palavra. No corpus analisado, a resistência foi compreendida por meio do excesso, da repetição de palavras ou estruturas. Entendemos essa repetição como o retorno do real da língua diante da falta, da incompletude, da impossibilidade de significar os efeitos da intensificação dos processos de opressão e exploração durante o isolamento físico. Consideramos a pandemia como um acontecimento discursivo, pois ela causa agitação nas filiações de sentido e nas relações de produção. Como indícios desse acontecimento, destacamos a emergência de novas formulações - como o “novo normal” -, a equivocidade em torno de termos como “isolamento social” e a construção de um pré construído em torno do termo “mães”. | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Letras | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.rights.license | CC BY-NC-SA | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Vinhas, Luciana Iost | |
dc.subject.cnpq1 | LETRAS | pt_BR |
Ficheros en el ítem
Este ítem aparece en la(s) siguiente(s) colección(ones)
-
PPGL: Dissertações e Teses [299]
Abrange as dissertações e teses do PPGL.