Avaliação in vitro da atividade antiviral, virucida e imunomoduladora de extratos alcoólicos de Echinacea angustifolia contra vírus de interesse veterinário
Date
2022-02-24Metadata
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A Echinacea angustifolia é uma planta herbácea, perene, pertencente à família Asteraceae, que vem sendo utilizada ao longo dos séculos pelos povos nativos americanos como “anti-infecciosa”, em diversas enfermidades de origem viral e bacteriana. Doenças infectocontagiosas de etiologia viral estão entre as mais importantes dentre aquelas que afetam seres humanos e animais, representando um risco à saúde pública. Além disso, na área veterinária, as doenças virais são responsáveis por grandes perdas econômicas em animais de produção. Nessa perspectiva, pode-se ressaltar a ocorrência de transtornos respiratórios e reprodutivos em bovinos e a gastroenterite em cães jovens. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antiviral e virucida in vitro de extratos alcoólicos de E. angustifolia a 0,25% e 0,5% frente BoHV-1, BVDV e CCoV. Para isso, foi realizado inicialmente um ensaio de citotoxicidade e, posteriormente, avaliação das atividades antiviral e virucida utilizando o método de diluição limitante. Além disso, a fim de verificar a expressão relativa de mRNA em células MDBK tratadas com E. angustifolia, foi realizada a avaliação das citocinas IFNα e IFNβ por PCR em tempo real. A E. angustifolia a 0,5% apresentou atividade antiviral contra o BoHV-1, BVDV e CCoV após 1, 3, 6 e 24 horas de tratamento (p<0,05). A E. angustifolia a 0,25% apresentou atividade antiviral contra o BoHV-1 após 1 hora de incubação (p<0,05), mas não contra o BVDV (p>0,05). Adicionalmente, o fitoterápico nessa mesma concentração e tempo resultou em um incremento na expressão relativa de mRNA de IFNα em células MDBK (p<0,05). A E. angustifolia a 0,5% não apresentou atividade virucida contra o BoHV-1. Os resultados demonstraram que o fitoterápico E. angustifolia a 0,25 e 0,5% apresentaram atividade antiviral contra BoHV-1, BVDV e CCoV. Estudos adicionais in vitro são necessários para elucidar o exato mecanismo de ação associado a atividade antiviral observada com este fitoterápico.