Estudo das crianças com Transtorno do Espectro Autista atendidas no Programa de Educação Precoce do Distrito Federal
Fecha
2023-11-30Autor
Martins, Eunice Silva de Souza
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O presente estudo verificou a prevalência, barreiras e facilitadores da AF habitual e no
deslocamento e do uso de telas nos momentos de lazer em bebês e crianças de 1 a 4
anos com TEA, de ambos os sexos, participantes do Programa de Educação Precoce
(PEP) no Distrito Federal (DF). Este é um estudo descritivo, envolvendo 453 bebês e
crianças com diagnóstico do TEA. Os dados, abrangendo fatores econômicos,
sociodemográficos, educacionais, de saúde, autonomia nas atividades de vida diária,
hábitos de sono, bem como aspectos relacionados ao autismo, uso de telas nos
momentos de lazer, meio de transporte utilizado, atividade física habitual e barreiras e
facilitadores para adoção de estilo de vida ativo, foram coletados por meio de
entrevistas presenciais com pais, responsáveis ou cuidadores nas 20 unidades do PEP
no DF. Revelou-se que a maioria das crianças era do sexo masculino, com idade média
de 3 anos e 10 meses, tinham cor branca, apresentavam nível leve e moderado do TEA
e cumpriam as diretrizes de atividade física recomendadas pelo Guia de Atividade
Física para População Brasileira, de 180 minutos por dia para a faixa etária do estudo.
Nos momentos de lazer o uso de telas foi baixo, enquanto no deslocamento, o meio de
transporte predominante foi o carro (particular ou baseado em aplicativo). Alta
prevalência (>70%) foi observada em todos os facilitadores para a prática de atividades
físicas. Na área pessoal encontramos o fato do responsável achar importante, a criança
gostar, ser capaz e ter tempo livre para fazer atividades físicas; na esfera ambiental a
moradia ser segura e ter locais para AF perto de casa foram os facilitadores mais
apontados; já no domínio social o responsável achar a AF importante para o
desenvolvimento da coordenação motora e interação social da criança e os pais terem
tempo para acompanhar a criança nas AF foram os mais reportados. Aprincipal barreira
para a prática de AF relatada no âmbito pessoal foi o medo dos pais de que a criança
se machuque, no campo ambiental a ausência de projetos sociais de atividade física
para bebês e crianças pequenas com TEA e na área social a falta de recomendação
médica para a prática de AF. A investigação subsequente é imperativa para aprofundar
o hábito da prática de atividade física entre bebês e crianças pequenas com TEA,
fornecendo apoio fundamental para o desenvolvimento de programas ou projetos de
intervenção precoce enraizados na atividade física com o objetivo de diminuir o
comportamento sedentário e manter níveis de atividade adequados nessa população.