| dc.creator | Jardim, Giovane Rodrigues | |
| dc.date.accessioned | 2025-12-12T16:47:05Z | |
| dc.date.available | 2025-12-12T16:47:05Z | |
| dc.date.issued | 2025-10-31 | |
| dc.identifier.citation | JARDIM, Giovane Rodrigues. O perdão em âmbito público como horizonte para a ação e o futuro da memória. 2025. 735 f. Tese (Doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural) - Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2025. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/19007 | |
| dc.description.abstract | This thesis proposes a theoretical-critical approach based on forgiveness and nonforgiveness in the public sphere, problematizing their relationships with ethics, memory, and politics in the face of the severe human rights violations that occurred under the recent dictatorships of the Southern Cone. The work begins with the questioning of the possibility or impossibility of forgiving perpetrators of crimes against humanity and of
public forgiveness as both a horizon for political action and a future for memory. The research is structured around negative dialectics as a perspective for thinking about the non-identical, combining a literature review, documentary research, technical visits, participant observation, interviews, and opinion surveys. The methodological path was divided into two phases: the analysis of non-forgiveness in memory museums of the Southern Cone, understood as a model for reflecting on public memory policies, and the
exploration of forgiveness and non-forgiveness in transitional experiences in Southern Cone countries. This involved distancing through comparison with international experiences, notably in Argentina, South Africa, and Colombia, which allowed for understanding different constellations of ideas, values, and policies related to forgiveness and an approach based on Chile, Uruguay, Paraguay, and Brazil. The results indicate that, although crimes against humanity are legally imprescriptible and “unforgivable,”
forgiveness cannot be reduced to forgetting or impunity, nor confused with amnesties, pardons, or statutes of limitations. The study demonstrates how the slogan “ni perdón” reflects a “happy consciousness” in the compulsion to identity in memory work, while simultaneously revealing social and political demands for public expressions of forgiveness. It is concluded that forgiveness, as a horizon for action and a future for
memory, can be conceived as a possibility for reconstructing democratic relations, for coexistence based on reciprocity and mutual recognition. However, its realization remains open, depending on historical, political, and subjective conditions. The thesis thus reaffirms the necessity of thinking about forgiveness in its public dimension — not as an immediate solution, nor as a “collective forgiveness”, but as a critical and unfinished exercise in processing the past, which can contribute to building a "common world" where
no human being is considered less than human, where all have the right to have rights, and are recognized as capable subjects able to act, narrate, judge, promise, remember, and forgive. | pt_BR |
| dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES | pt_BR |
| dc.language | por | pt_BR |
| dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
| dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
| dc.subject | Museu de memória | pt_BR |
| dc.subject | Responsabilidade | pt_BR |
| dc.subject | Filosofia política | pt_BR |
| dc.subject | Dialética negativa | pt_BR |
| dc.subject | Políticas públicas de memória | pt_BR |
| dc.title | O perdão em âmbito público como horizonte para a ação e o futuro da memória. | pt_BR |
| dc.title.alternative | Forgiveness in the public sphere as a horizon for action and the future of memory. | pt_BR |
| dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
| dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/1153453934847919 | pt_BR |
| dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/7429671153120763 | pt_BR |
| dc.contributor.advisor-co1 | Serres, Juliane Conceição Primon | |
| dc.contributor.advisor-co1Lattes | http://lattes.cnpq.br/2795821152828459 | pt_BR |
| dc.description.resumo | Esta tese propõe uma abordagem teórico-crítica a partir do perdão e do não perdão em âmbito público, discutindo suas relações com a ética, a memória e a política diante das graves violações de direitos humanos ocorridas nas últimas ditaduras nos países do Cone Sul. Este trabalho parte do questionamento sobre a possibilidade do perdão a agentes de crimes contra a humanidade e do perdão em âmbito público como horizonte para a ação política e como futuro para a memória. Estrutura-se, assim, na perspectiva dialética negativa para pensar o perdão como o “não-idêntico”, articulando a revisão bibliográfica, a pesquisa documental, as visitas técnicas, a observação participante, as entrevistas e a pesquisa de opinião. O percurso metodológico dividiu-se em duas fases: a análise do não perdão nos museus de memória do Cone Sul, entendidos como modelos para pensar as políticas públicas de memória na região, e a abordagem do perdão e do não perdão nas experiências transicionais dos países do Cone Sul. Isso implicou um afastamento pela comparação com experiências internacionais, notadamente, Argentina, África do Sul e Colômbia, o que permitiu compreender diferentes constelações de ideias, valores e conceitos relacionados ao perdão e uma aproximação a partir do Chile, do Uruguai, do Paraguai e do Brasil. Os resultados apontam que, embora os crimes contra a humanidade sejam juridicamente imprescritíveis e “imperdoáveis”, o perdão não pode ser reduzido ao esquecimento ou à impunidade, tampouco confundido com anistias, indultos ou prescrições. A pesquisa evidencia como a consigna “ni perdón” expressa uma “consciência feliz” no contexto de uma “compulsão à identidade” nos trabalhos da memória, ao mesmo tempo em que se verificam demandas sociais e políticas por pedidos de perdão em âmbito público. Conclui-se que o perdão, como horizonte da ação e futuro da memória, pode ser concebido como possibilidade de reconstrução das relações democráticas, isto é, de convivência baseada na reciprocidade e no reconhecimento mútuo. No entanto, sua realização permanece em aberto, dependendo de condições históricas, políticas e subjetivas. A tese reafirma, assim, a necessidade de pensar o perdão
em sua dimensão pública não como solução imediata, tampouco como se fosse possível um “perdão coletivo”, mas como exercício crítico e inacabado de elaboração do passado, que pode contribuir para a construção de um mundo comum onde nenhum ser humano seja considerado menos que humano, onde todos tenham “direitos a ter direitos” e sejam
reconhecidos como “sujeitos capazes” de agir, narrar, julgar, prometer, recordar e perdoar. | pt_BR |
| dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural | pt_BR |
| dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
| dc.subject.cnpq | CIENCIAS HUMANAS | pt_BR |
| dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
| dc.rights.license | CC BY-NC-SA | pt_BR |
| dc.contributor.advisor1 | Albernaz, Renata Ovenhausen | |
| dc.subject.cnpq1 | ADMINISTRACAO | pt_BR |