Educação e moralidade : autoridade e sedução na obra Emílio ou da Educação

Visualizar/ Abrir
Data
2015-09-16Autor
Ossanes, Clea Lucia da Silva
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A dissertação apresenta um relato histórico-pedagógico, por meio da hermenêutica filosófica sobre a relação professor-aluno, considerando as estratégias de autoridade e sedução construídas através da convivência entre mestre e discípulo, desde a infância. Para tanto, após uma incursão nas principais obras do século XVII e XVIII intrinsecamente ligadas à educação das crianças, foi buscada a fundamentação teórica com a intenção de promover o diálogo pretendido e evidenciado pelos paradigmas fixados na história da pedagogia levando em conta o assunto educação ou formação das crianças. A pesquisa
toma como foco principal a obra Emílio ou Da Educação, que trata da formação do indivíduo desde o seu nascimento até a fase adulta, delineando o papel do professor na construção do conhecimento junto a seu aluno. As dimensões ligadas ao conjunto de qualidades e características, com apontamentos principais em autoridade e sedução pactuadas na relação mestre-discípulo, foram mapeadas no decorrer do Emílio com o intuito de demonstrar que o trato que Rousseau propõe para com seu discípulo é ancorado em princípios de cordialidade, interesse, encantamento, atração, persuasão, autoridade e ascendência. Tendo em conta que os conceitos autoridade e sedução não são entendidos por Rousseau como o são em nosso tempo, inferimos que a contextualização dos mesmos leva-nos a perceber o quão próximos estão dos conceitos de afeto e confiança, amor e segurança, credibilidade e crença na probidade moral. O preceptor de Emílio é um ouvinte, conselheiro, digno de confiança por parte de seu aluno e, acima de tudo, alguém que tem na mão, com diretividade, o projeto de educação de seu pupilo.
Collections
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: